O Blog do Paulinho teve acesso à inicial do processo de execução movido pela CAIXA contra a Arena Itaquera S/A.

Além de cobrar R$ R$ 536.092.853,27 (R$ 475,3 milhões + multas), o banco pede mais 10% a título de honorários advocatícios.

Ou seja, R$ 53.609.285,32.

A dívida total, portanto, aproxima-se de R$ 600 milhões (precisamente R$ 589.702.138,59).

O documento revela, ainda, que Andres Sanches mentiu ao Conselho Deliberativo, aos associados e torcedores do Corinthians ao dizer que estava pagando as dívidas do empréstimo.

Segundo a CAIXA, faz seis meses que o Corinthians deixou de honrar seus compromissos.

As parcelas atrasadas são as dos meses de março, abril, maio, junho, julho e agosto de 2019.

O banco afirma que tentou diversas vezes a cobrança amigável, mas o resultado foi infrutífero.

Citada na última sexta-feira, a Arena Itaquera S/A (que repassou o aviso ao Corinthians – clube que, contratualmente, tem a obrigação de quitar a despesa) recebeu prazo de três dias para pagar o empréstimo, à vista.

Em tese, até a próxima quarta-feira.

O próximo passo, se a dívida não for quitada, será o bloqueio de todas as contas dos envolvidos, desde o Corinthians até o Fundo e as empresas correlatas (ligadas à Odebrecht).

Se ainda assim os valores tomados não forem suficientes, a penhora do Parque São Jorge, e posterior leilão, são possibilidades plausíveis.

No mais, a CAIXA explica à Justiça detalhes do acordo, da inadimplência e das negociações descumpridas pelo clube.

Observa-se que, provavelmente, os único períodos em que o Corinthians não passou dificuldades foram quando esteve desobrigado, contratualmente (por prazo de carência ou nas tratativas de acordo financeiro) de pagar as parcelas.

  • Carência: de novembro de 2013 a junho de 2015
  • tentativa de acordo: de maio de 2016 a maio de 2017

Se estivesse adimplente, o prazo final para o Corinthians pagar o empréstimo venceria no dia 15 de novembro de 2028.

Em síntese, Andres Sanches colocou o Corinthians numa enrascada de difícil solução e, em vez de procurar ajuda, preferiu mentir, talvez porque parte do que está debaixo do tapete, se os delatores da Odebrecht tiverem razão, poderá complicá-lo, criminalmente, no futuro.


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