Desde 2013, quando indícios apontam que a Portuguesa foi ‘vendida’ por sua diretoria após ‘estímulo’ da UNIMED, empresa que se virava para salvar o Fluminense do rebaixamento à Série B do Brasileirão, a agremiação nunca mais se recuperou.

O futebol praticamente acabou e o que restou do clube social, o atual presidente, o pior da história, aterrou.

Pouco depois do episódio, apelidado ‘Caso Heverton’, o MP-SP disse à imprensa possuir provas de que ilícitos foram cometidos para rebaixar a Lusa.

Antes disso, o Blog do Paulinho recebeu a informação de que a Unimed havia acertado-se com Manoel da Lupa, mandatário da Portuguesa à época, para que escalasse o jogador em questão, de maneira irregular, em troca de quitar as dívidas que ameaçavam o patrimônio privado do cartola, tomadas em empréstimos ao BANIF.

Estranhamente, após o alarde, os promotores nunca mais tocaram no assunto e o inquérito segue arquivado.

Na última semana, o site ‘The Intercept’ revelou que a Unimed adotou como política afagar membros do MP (estaduais e federais) e também alguns magistrados, com pagamentos suntuosos de palestras e demais eventos coligados.

A contrapartida seria o esquecimento da ‘Operação Lava-Jato’ e doutras investigações correlatas sobre problemas ocasionados pelos descumprimentos contratuais, notórios, dos planos de saúde.

De fato, as investigações sobre o tema, se existiam, permanecem submersas.

Observando esse relacionamento estreito da Unimed com os diversos MPs não seria exagero, talvez, acreditar que as apurações do ‘Caso Heverton’ teriam sido acomodadas para não melindrar os dois lados da moeda ?

Talvez essa dúvida, lícita, possa ser dissipada se os promotores, de maneira transparente, permitirem à imprensa e aos demais interessados acesso ao material que diziam possuir, mas que nunca foi apresentado.

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