Maurício Portela

Novamente eliminado de um torneio relevante, após derrota nas penalidades para o Athlético/PR, o Flamengo é tratado por alguns setores da mídia como clube ‘modelo’ de gestão, mas deficiente no departamento de futebol.

Parte deste pensamento está equivocado.

Justamente o que induz o torcedor a pensar na ‘excelência’ administrativa.

O marketing rubronegro, há tempos, demonstra não saber lidar com o tamanho da marca que possui em mãos, invariavelmente fechando negócios com empresas obscuras e com má-fama no mercado, passando a impressão de que o clube estaria ‘matando cachorro a grito’, ocasionando depreciação natural da instituição

Somente isso pode justificar acordos com a investigada ‘Universidade Brasil’, que sequer é relevante no meio acadêmico, e, o mais recente, com a casa de apostas esportivas ‘Sportsbet.Io”, sediada em paraíso fiscal.

A resposta de Maurício Portela, diretor de marketing rubronegro, ao ser questionado pelo acordo mais recente, demonstra bem o nível do cartola:

“Apostamos em uma empresa séria, com grande potencial de crescimento, que confiou em uma proposta ousada e na liderança do Flamengo de engajamento nas redes sociais entre os clubes da América Latina”

Um clube como o Flamengo não pode ‘apostar’ em patrocinadores (ainda mais quando o nível destes, claramente, é incompatível com a grandeza da instituição), mas sim fechar negócios com empresas expressivas do mercado.

Porém, levando-se em consideração a maneira que Portela conduzia as tratativas comerciais do ‘Esporte Interativo’, bem mal-afamadas nos bastidores da publicidade, estranho seria se o cartola agisse de maneira diferente na Gávea.

O Flamengo tem história, tamanho, torcida e arrecadação para inserir-se, definitivamente, no patamar superior do futebol mundial, porém, refém da mediocridade de seus cartolas, segue lutando, internamente, por acordos irrelevantes e posturas, esportivas e empresariais, absolutamente ineficientes.

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