Apesar dos dirigentes tentarem dividir o que pagam em carteira para os jogadores e o que acertam, por fora, em direitos de imagem, como se o primeiro procedimento correspondesse a quitação de salários, e o segundo, não, a Justiça Trabalhista, há tempos, trata a ambos com o mesmo peso.

O São Paulo, portanto, deve três meses de vencimentos a seus jogadores.

Para quitar a despesa, que já adentra o quarto mês, o presidente Leco joga a culpa de sua má-administração nas eliminações de campeonatos, nas contratações sugeridas por treinadores que demitiu, etc.

Nada justifica o péssimo planejamento.

O clube deve se amparar, ao realizar previsões orçamentárias, no que existe de concreto, não em possibilidades, ainda mais quando estas, há anos, não vem se confirmando.

Agora, com a faca no pescoço, Leco quer dividir e responsabilidade com o Conselho, que sequer aprovou os recentes empréstimos, já tomadas e mal utilizados, para propor novas tomadas de dinheiro no mercado financeiro, além de antecipação de receitas diversas com parceiros comerciais, que, evidentemente, gerarão perda ainda maior de recursos com a incidência de juros e demais correções.

Durante décadas tratado como modelo a ser seguido no futebol brasileiro, o Tricolor afunda-se a cada dia nas finanças, com uma ‘bola de neve’ volumosa, que, por razões óbvias, impacta da qualidade de gestão do futebol profissional, de base, dos demais departamentos do clube e também no estádio, que envelhece a cada ano, sem que as mini-reformas consigam dar ao histórico palco o tratamento merecido.

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