Ontem (14), no Morumbi, torcedores brasileiros repetiram gritos homofóbicos quando do momento da reposição de bola do goleiro boliviano:

“Ooooo, Bicha !”

Retrato da má-educação nacional, que teve seu representante máximo, o presidente da república, provavelmente orgulhoso, assistindo a tudo nas tribunas do estádio.

Há quem diga que boa parte dos homofóbicos, em verdade, sentem desejos inconfessáveis por aqueles  que atacam, num conflito interminável de emoções.

Fato é que, numa presença de público majoritariamente masculina, o mesmo tom escutado nas reprováveis manifestações de “bicha”, se fez presente para exaltar qualidades do goleiro brasileiro Alysson, que, a cada reposição de bola, escutava:

“Ooooo, Lindo !”

Talvez, boa parte dos que lutam pare esconder suas verdades, em meio ao anonimato proporcionado pelas multidões, sentiram-se protegidos para expressar sentimentos particulares.

Talvez, em meio a esse clima de manifestações, em vez de levar a tiracolo o filho Flavio, o presidente Bolsonaro deveria ter carregado o ‘confuso’ Carlos, verdadeiro poço de conflitos de uma família bem complicada.

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