FUTEBOL: POLÍTICA, ARBITRAGEM E VERDADE
Fiori é ex-árbitro da Federação Paulista de Futebol, investigador de Polícia e autor do Livro “A República do Apito” onde relata a verdade sobre os bastidores do futebol paulista e nacional.
http://www.navegareditora.com.brEmail:caminhodasideias@superig.com.br
“Poupe-me da sua falsidade que eu te pouparei da minha falta de educação”
Sacado do site ‘frases do bem’
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Repugnante convite de amizade
Mês passado aportou no meu e-mail pergunta da rede social Linkedin se eu conhecia determinada pessoa ligada à arbitragem; respondi não
Repique
No dia 12/06, provocada pela pessoa, à rede Linkedin tornou a mesma pergunta
Hipócrita
Ouça a resposta clicando na gravação de nosso programa, no YOUTUBE, alocada no chispe da coluna
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8ª Rodada da Série A do Brasileirão – 2019
Sábado 08/06
Cruzeiro 0 x 0 Corinthians
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)
VAR
Rodrigo Carvalhaes de Miranda (RJ)
Item Técnico
Acatou o inserido nas leis do jogo por não ter entrado no barulho dos cruzeirenses que reclamaram ter sido penalidade máxima no momento que a bola colidiu na mão do corintiano Danilo Avelar
No todo
O principal representante das leis do jogo e assistentes desempenharam suas funções com tranquilidade
Item Disciplinar
Cartão Amarelo: 01 para cruzeirense e 01 para corintiano
Palmeiras 1 x 0 Atlético-PR
Árbitro: Rodrigo D’Alonso Ferreira (SC)
VAR
Rodrigo Nunes de As (RJ)
Ressalto
Desta refrega, através teipe, prestei atenção na movimentação do lance que ocasionou cartão vermelho para Nikão atacante gremista e retirado; explico:
Fato
Bola lançada da direita do ataque gremista para área alviverde, assim que a redonda adentrou na pequena área,
– o goleiro Weverton se atira a agarra a pelota tendo na cobertura o consorte Antonio Carlos; concomitantemente,
– O atleticano Nikão na corrida em direção ao lance tromba no costado do Antonio Carlos,
– desliza e, involuntariamente, com a ponta do pé direito, atinge o rosto do goleiro palmeirense
VAR
Ouvido, árbitro caminhou até monitor, viu e reviu, voltou a campo, corretamente, substituiu o vermelho pelo amarelo
Domingo 10/06
Santos 3 x 1 Atlético-MG
Árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva (FIFA-PA)
VAR
Rafael Traci (SC)
Item Técnico
Não teve influencia no resultado, entretanto, durante o transcurso da refrega, para não assumir responsabilidade, passou a mesma para o VAR; como principal:
De frente pro fato, deixou de sinalizar a claríssima penalidade máxima cometida pelo atleticano Fabio Santos no momento que subiu com o braço esquerdo esticado desviando a trajetória da bola cabeceada por seu oponente Sasha,
VAR
Após ser comunicado que ocorreu penalidade, na cara dura, vagarosamente, Dewson Freitas da Silva caminhou até o monitor,
– demorou pacas, voltou ao campo apontando a penalidade, que foi batida por Jean Mota, resultando no segundo gol santista
Item Disciplinar
Cartão Amarelo: 02 para santistas e 02 para atleticanos
9ª Rodada da Série A do Brasileirão – 2019
Quarta Feira 12/09
Internacional 3 x 1 Bahia
Árbitro: Paulo Roberto Alves Junior (PR)
VAR
Igor Junio Benevenuto de Oliveira (MG)
Item Técnico
O primeiro gol do Internacional foi irregular; explico:
Bola dentro da área pequena da defesa do Bahia, um dos defensores da equipe gaúcha cabeceia para o consorte Rodrigo Lindoso mandar profundo da rede
– no instante que Rodrigo Lindoso bateu na bola, imediatamente, Bruno Boschilia (FIFA-PR) assistente 01 corretamente sinalizou impedimento,
Corroborou
Sem hesitar o árbitro ergueu o braço corroborando com seu assistente
VAR
Após longos minutos de ver e rever o lance, participou que o gol foi legal;
– fator predominante no voltar atrás do árbitro em corroborar com o assistente para apontar o centro do campo
Ressalto
Ao que dizem, uma das máquinas VAR apontou a posição regular do atacante Rodrigo Lindoso, sobrepondo:
– por determinação FIFA as imagens VAR somente serão liberadas se houver pedido de uma das equipes ou imprensa
Sendo verdade
A determinação poderá provocar tumulto entre presentes no evento, como também, nos telespectadores e por ai vai
No ato
Havendo seriedade e respeito do fato a imagem deve ser divulgada nos telões como se faz noutros esportes
Santos 1 x 0 Corinthians
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhaes (FIFA-RJ)
VAR
Bruno Arleu de Araujo (RJ)
Item Técnico
Aberrante por ter esbofeteado a regra 11 sinalizando impedimento do defensor corintiano Danilo Alves no instante que tocou na redonda após a cobrança de tiro me meta batido pelo goleiro Walter
Inadmissível
Que árbitro FIFA tenha cometido tamanho absurdo, que, certamente, não seria e não será cometido por árbitro recém-formado
Punição
Não acolho o tradicional desculpar do deu branco na cuca, vez que:
– com ou sem branco momentâneo, é merecedor de severa punição
Como principal
Retirar o escudo FIFA
Item Disciplinar
Cartão Amarelo: 04 para santistas e 05 para corintianos
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Política
E agora?
Os diálogos de Curitiba põem Lula no ataque, Moro nas cordas, a Lava-Jato em suspenso
A alturas tantas de suas conversas com o procurador Deltan Dallagnol, reveladas pelo site The Intercept Brasil, diz o juiz Sergio Moro: “Seguinte. Fonte me informou que a pessoa do contato estaria incomodada por ter sido a ela solicitada a lavratura de minutas de escrituras para transferências de propriedade de um dos filhos do ex-presidente. Aparentemente a pessoa estaria disposta a prestar a informação. Estou então repassando. A fonte é séria”. Dallagnol responde: “Obrigado!! Faremos contato”. Convida-se quem entende não haver nada de mais no diálogo entre o juiz e o procurador a considerar a hipótese da seguinte mensagem, agora do juiz ao advogado do ex-presidente Lula: “Seguinte. Fonte me informou que pessoa estaria incomodada por ter sido forçada a declarar que o tríplex do Guarujá foi destinado ao ex-presidente. Então estou repassando. A fonte é séria”. O advogado Cristiano Zanin responderia: “Obrigado!! Farei contato”.
A lei, a lógica, a moral e os bons costumes estabelecem que o juiz deve pairar, imparcial, equidistante e, se possível, olímpico, entre as partes. Quando ele sugere a uma delas que vá atrás de determinada pista, age como juiz de futebol que, tomado pelo ardor torcedor, ousasse um passe para deixar o atacante na cara do gol. O trecho em que Moro repassa o contato a Dallagnol é talvez o mais comprometedor, nas transcrições do Intercept Brasil, mas há mais. Em alguns momentos, procuradores se mostram inseguros quanto às provas contra Lula; em outros, Moro procura lhes direcionar o trabalho. Tudo somado, o episódio é prenhe de consequência. Põe Lula e o PT no ataque, Moro e Dallagnol nas cordas, a Lava-Jato em suspenso. Ainda há a questão da origem das transcrições, de seus efeitos jurídicos e da repercussão na sociedade. Um resumo, item por item:
Transcrições — Os celulares de Moro e de procuradores sofreram ataques de hackers que indicariam ação concertada contra a Lava-Jato. Com isso, o crime se ergueria à potência de um atentado sem sangue. Caso se descubra por trás um partido político, ficaria pior.
Efeitos jurídicos — O sonho maximalista do PT e dos demais implicados na Lava-Jato é que todos os julgamentos sejam anulados, seguindo-se a declaração de que o petrolão não existiu. Tal hipótese exigiria o necessário corolário de que os bilhões devolvidos aos cofres públicos (a mais gritante prova de que o petrolão existiu) provieram de surtos de generosidade de pessoas físicas e jurídicas. Ou seja: não se realizará.
Lula e o PT — A causa da liberdade do ex-presidente ganha robusto impulso. Mesmo ela não se realizando, sobra enorme lucro no trabalho de propaganda em favor da tese do julgamento viciado. No exterior, a propaganda petista, já aceita em meios de esquerda, acrescenta fôlego para se expandir.
Moro — Já parecia desconfortável, num governo a favor de armar a população e afrouxar as leis de trânsito. Tinha como perspectivas o STF ou a Presidência da República; agora só lhe resta a Presidência. É estranho dizer “só” lhe resta a Presidência, mas o STF, depois das transcrições, parece sumir-lhe do horizonte. Será difícil o Senado aprovar magistrado com atuação agora tão envenenada. Sobra-lhe, se sobrar, a aura de herói popular, para tentar a Presidência.
Dallagnol e a Lava-Jato — Dallagnol recua muitas casas na carreira e pode se ver tentado a reinventar-se na política. A Lava Jato, em sua sede original de Curitiba, precisa de ação rápida para mostrar-se ainda viva. Já não tem Moro, e é difícil imaginar que continue tendo Dallagnol. Ao mesmo tempo, é difícil imaginá-la sem Dallagnol.
Sociedade — Os ânimos das já superexcitadas hostes que se digladiam nas redes e nas ruas tendem a se acirrar. Deslocados ficam aqueles que se espremem no meio — a favor da Lava-Jato mas também do devido processo legal; contra os malfeitos e a má administração do PT mas também contra os delírios bolsonaristas —, mas nestes pode estar a melhor saída para o país.
P.S. — O general Eduardo Villas Boas divulgou nota em que declara “preocupante” o momento atual, “porque dá margem a que a insensatez e o oportunismo tentem esvaziar a Operação Lava-Jato”. Na véspera do julgamento de habeas-corpus de Lula no STF, no ano passado, ele havia declarado que o Exército “julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade”. Na época ainda era comandante do Exército, hoje é um assessor palaciano, mas continua celebrado como a maior liderança da força. Uma conjuntura já delicada tende a agravar-se com a entrada em cena do fator fardado e armado. E o que hoje é um adendo ao pé da página pode se transferir para a cabeça da narrativa.
Autoria do jornalista Roberto Pompeu de Toledo – Publicado na edição 2639 da revista VEJA
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Finalizando
“Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, mas uma consequência”
Leon Tolstói – foi um escritor russo
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Chega de Corruptos e Corruptores
Se liga São Paulo
Acorda Brasil
15/06/2019
Confira abaixo o programa “COLUNA DO FIORI”, desta semana, que foi ao ar em nosso canal do YouTube.
Nele, o ex-árbitro comenta assuntos, por vezes, distintos do que são colocados nesta versão escrita:
*A coluna é também publicada na pagina Facebook: “No intervalo do Esporte”
*Não serão liberados comentários na Coluna do Fiori devido a ataques gratuitos e pessoais de gente que se sente incomodada com as verdades colocadas pelo colunista, e sequer possuem coragem de se identificar, embora saibamos bem a quais grupos representam.
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