Rodolfo Landim

A diretoria do Flamengo foi acusada, por jornalista da Jovem Pan, de operar contabilidade paralela que dividiria com empresas acusadas na Lava Jato – vale lembrar, o presidente do clube cuidava das finanças de Eike Batista.

Segundo o relato, dirigentes superfaturariam valores de transações de jogadores e embolsariam a diferença.

Em sendo verdade, nada disso (ao menos as informações) passaria batido do departamento de futebol, incluindo o treinador da equipe.

Ontem, Abel Braga pediu demissão do rubro-negro, acusando cartolas de negociarem, às suas costas, com outro treinador.

A diretoria do Flamengo desmentiu.

Abel disse ter, em duas oportunidades, checado a informação através de suas fontes, em Portugal.

O Blog acredita no treinador, até porque sabe que entre a cartolagem rubro-negra não há constrangimento em faltar com a verdade.

Porém, faz-se necessário esclarecer que as “fontes” de Abel são agentes de jogadores que, desde os tempos de Internacional, mantém com ele parcerias, nem todas confessáveis.

Ou seja, a diretoria do Flamengo, que, por ofício, tem a obrigação de conhecer todos os procedimentos profissionais de seus contratado – ainda mais os que recebem valores suntuosos de salários – errou feio ao sacanear Abel pelas costas, mas também, diante do histórico, em contratá-lo.

Vale lembrar, no que pode ou não ser coincidência, o Internacional tinha o agora ex-comandante do Flamengo no departamento de futebol quando a “Liga”, empresa beneficiadora do então presidente Fernando Carvalho, operava fundo obscuro de investimento de atletas da agremiação, com participação do franco-argelino Franck Henouda (também amigo de Abel), tratado em publicações europeias como agente de organizações criminosas do Velho Continente no Brasil.

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