fiori - dicunto

FUTEBOL: POLÍTICA, ARBITRAGEM E VERDADE

Fiori é ex-árbitro da Federação Paulista de Futebol, investigador de Polícia e autor do Livro “A República do Apito” onde relata a verdade sobre os bastidores do futebol paulista e nacional.

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apito limpo

“O fato de continuarmos a pensar que uma determinada coisa não é errada dá-nos uma aparência superficial de estarmos certos”

Thomas Paine – foi um político britânico e um dos Pais Fundadores dos Estados Unidos da América

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Homologação ou não da(s) Chapa(s) na disputa Eleição SAFESP 2019

Sem ter informação do ocorrido na reunião dos componentes da Comissão Eleitoral realizada na tarde/noite da quarta feira 13/03/2019, estudei situações que obstam a aceitação da Chapa 01 liderada por Aurélio Sant Anna, candidato a presidente, e Regildenia de Holanda Moura, candidata a vice-presidência, baseado no inserido na Secção II do Artigo 5º dos regimentos ano 2003 e 2004, sobre inegibilidade; sendo:

Ano 2003

Adotado como alicerce para o pleito e divulgado nos órgãos de imprensa; acreditando eu, aderido pelos interessados quando do seu recebimento

  1. a) – Houver lesado o patrimônio de qualquer entidade
  2. b) – Tenha desprestigiado o sindicato ou propagado o espirito dissociativo entre a categoria
  3. c) – Seja dirigente ou tenha funções em empresas ou associações de arbitragem não reconhecida pelo SAFESP
  4. d) – Candidatos à presidência e diretor de finanças (tesoureiro) que esteja em atividade no futebol profissional
  5. e) – Não residir na cidade alicerce da instituição

Ano 2004

Arguido pelos componentes da Chapa 01, dias após terem oficializado a inscrição baseada no regimento 2003

  1. a) – Deixar ter aprovada definitivamente suas contas em função de exercício em cargos de administração sindical
  2. b) – Houver lesado o patrimônio de qualquer entidade
  3. c) – Estar em atividade no futebol profissional
  4. d) – Não ter atuado pelo menos dois anos como árbitro ou árbitro assistente no futebol profissional
  5. e) – integrar á categoria de árbitro temporário
  6. f) – Dirigir associação ou entidade de árbitros não reconhecida pela assembleia geral

Inelegíveis

Destaco a conciliar parte da letra “d” do regimento 2003, como também: o teor da letra “c” do regimento 2004, nas condições basais para o impedimento da candidatura da vice-presidente e diretor financeiro, estes dois irão trabalhar neste fim e inicio de semana:

Fabricio Porfirio de Moura, candidato a diretor financeiro da Chapa 01, conforme escala fornecida pela FPF, será assistente 01 na contenda Santo André x Atibaia pela Serie A2 do Paulistão 2019,que será disputada no Estádio Municipal Bruno José Daniel no sábado 16/03

Regildenia de Holanda Moura candidata a vice-presidente da Chapa 01 na eleição 2019, conforme site CBF esta escalada Domingo 17 de Março de 2019 para arbitrar no Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino A1 no jogo Santos x Foz Cataratas-PR, que será realizado no Estádio Municipal Coronel Francisco Vieira – Itapira – SP

Realçando

Na prática, Regildania de Holanda Moura esta licenciada do quadro FPF, não da CBF

Estranho a conduta dos componentes da Chapa 01; vez que:

Sabedores da existência do regimento 2004 com lavratura no cartório, por qual motivo deixaram de apresenta-lo no ato da inscrição baseada no regimento 2003, fazendo-o dias após

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10ª Rodada da Série A1 do Paulistão 2019

Sábado 09/03

Mirassol 1 x 1 Palmeiras

Árbitro: Vinicius Gonçalves Dias Araujo

Item Técnico

Acertou por ter marcado a penalidade máxima sofrida pelo palmeirense Borja; cobrada Gustavo Gomes, findada no fundo da rede oponente

Item Disciplinar

Cartão Amarelo: 02 para defensores do Mirassol e 01 para palmeirense

São Paulo 1 x 1 Ferroviária

Árbitro: Adriano de Assis Miranda

Item Técnico

Aceitável

Item Disciplinar

Cartão Amarelo: 02 para são-paulinos e 04 para visitantes

Domingo 10/03

Corinthians 0 x 0 Santos

Árbitro: Douglas Marques das Flores

Item Técnico

Trabalho normal e jogo bem disputado

Item Disciplinar

Cartão Amarelo: 01 para corintiano e 03 para santistas

Copa do Brasil – 4ª Feira 13/03

Ceará 1 x 3 Corinthians

Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)

Item Técnico

Deixou de marcar a penalidade máxima cometida por Brock defensor da equipe cearense no momento que derrubou o corintiano Vagner Love

Impedido

O primeiro gol corintiano marcado por Junior Urso, foi antecedido da posição de impedimento do seu consorte Boselli no instante que recebeu a redonda

Item Disciplinar

Cartão Amarelo: 01 para defensor da equipe mandante e 01 para corintiano

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Política

Cidades à deriva

Há uma clara percepção de que o Estado está na contramão da sociedade brasileira

As pautas não estão dentro das redações. Elas gritam em cada esquina. É só pôr o pé na rua e a reportagem salta na nossa frente. Essa percepção, infelizmente, é a que mais falta aos jornais. Os diários perderam o cheiro do asfalto, o fascínio da vida, o drama do cotidiano.

O valor do jornalismo depende de uma providência muito simples: sair às ruas, fazer reportagem. Só isso.

Você, amigo leitor, tem ido ao centro antigo de São Paulo? Faça o teste. É um convite à depressão. Uma cidade assustadora: edifícios pichados, prédios invadidos, gente sofrida e abandonada, prostituição a céu aberto, zumbis afundados no crack. Uma cidade sem alma e desfigurada pelas cicatrizes da ausência criminosa do poder público. A cidade de São Paulo foi demitida por seus governantes. E nós, jornalistas, precisamos mostrar a realidade. Não podemos ficar reféns das assessorias de marketing e das maquiagens que falam de uma revitalização que só existe no papel. Temos o dever de pôr o dedo na chaga. Fazer reportagem. Escancarar as contradições entre o discurso vazio e a realidade cruel. Basta percorrer três quarteirões. As pautas estão quicando na nossa frente.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, não está seguindo as pegadas de seu saudoso avô. O governador Mário Covas, temperamental e briguento, era um apaixonado por São Paulo. Deixou uma forte marca e uma bela herança. Bruno, não. Parece ausente da administração. A zeladoria é uma piada. A cidade está suja, esburacada, maltratada. De repetente o prefeito desencantou. Acordou com uma ideia delirante: transformar o Minhocão em parque suspenso. O corredor, importantíssimo, liga a zona oeste à zona leste de São Paulo. Mas o caos previsível não tem problema. O importante é ter uma vitrine marqueteira. O prefeito está aquecendo as turbinas para a próxima eleição. Só isso. Ou alguém tem dúvidas de que a intervenção urbana tem razões eleitorais bem calculadas?

Os jornais precisam fazer o contraponto. Jornalismo é isso: mostrar a vida, com suas luzes e suas sombras. São Paulo, a cidade mais rica do País e um dos maiores orçamentos públicos, é um retrato de corpo inteiro da falência do Estado.

Também o Brasil está na banguela. O novo governo federal está apalpando o tamanho do estrago, o peso da herança deixada por anos de incompetência e corrupção. Merece o tradicional voto de confiança. Bolsonaro passou pelo primeiro teste de opinião pública. A pesquisa CNT/MDA mostrou que ele está firme e forte. Seu desempenho no cargo foi aprovado por 57,5%, porcentagem um pouco superior à dos votos que teve no segundo turno (55%). Mas a imprensa não deve ter filtros seletivos. Precisa acompanhar e cobrar resultados.

O custo humano e social da incompetência e da corrupção brasileira é assustador. O dinheiro que desaparece no ralo da delinquência é uma tremenda injustiça, uma bofetada na cidadania, um câncer que, aos poucos e insidiosamente, vai minando a República. As instituições perdem credibilidade numa velocidade assustadora.

Há uma clara percepção de que o Estado está na contramão da sociedade. O cidadão paga impostos extorsivos e o retorno dos governos é quase zero. Tudo o que depende do Estado funciona mal. Educação, saúde, segurança, transporte são incompatíveis com o tamanho e a importância do Brasil.

São padrões de política em que a corrupção rola solta. A percepção de impunidade é muito forte. Ela empurra a democracia para uma zona de risco. Os governantes precisam acordar. As vozes das ruas, nas suas manifestações legítimas, esperam uma resposta efetiva, e não um discurso marqueteiro. A crise que está aí é brava. A gordura dos anos de bonança acabou. A realidade está gritando no bolso e na frustração das pessoas. E não há marketing que supere a força inescapável dos fatos. Os governos podem perder o controle da situação.

Campanhas milionárias, promessas surrealistas e imagens produzidas fazem parte da promoção de alguns políticos e governantes. Assiste-se, diariamente, a um show de efeitos especiais capazes de seduzir o grande público, mas, no fundo, vazio de conteúdo e carente de seriedade. O marketing, ferramenta importante para a transmissão da verdade, pode ser transformado em instrumento de mistificação. Estamos assistindo à morte da política e ao advento da era da inconsistência. Os programas eleitorais vendem uma bela embalagem, mas, de fato, são paupérrimos na discussão das ideias.

Nós, jornalistas, temos um papel importante. Devemos dar a notícia com toda a clareza. Precisamos fugir do jornalismo declaratório. Nossa missão é confrontar a declaração do governante com a realidade dos fatos. Não se pode permitir que as assessorias de comunicação dos políticos definam o que deve ou não ser coberto. O jornalismo de registro, pobre e simplificador, repercute o Brasil oficial, mas oculta a verdadeira dimensão do País real. Precisamos fugir do espetáculo e fazer a opção pela informação. Só assim, com equilíbrio e didatismo, conseguiremos separar a notícia do lixo declaratório.

Transparência nos negócios públicos, ética, boa gestão e competência são as principais demandas da sociedade. Memória e voto consciente compõem a melhor receita para satisfazê-las. Devemos bater forte na pornopolítica. Ela está na raiz da espiral de violência que sequestra a esperança dos jovens e ameaça a nossa democracia.

As cicatrizes que desfiguram o rosto de São Paulo e do Brasil podem ser superadas. Dinheiro existe, e muito. Falta vergonha na cara, competência e um mínimo de espírito público.

Jornalismo é a busca do essencial, sem adereços, qualificativos ou adornos. O jornalismo transformador é substantivo. Sua força não está na militância ideológica ou partidária, mas no vigor persuasivo da verdade factual e na integridade da sua opinião.

Façamos reportagem. Informação é arma da cidadania.

Autor: Jornalista Carlos Alberto DI Franco – Publicado no Estadão do dia 11/03/2019

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Finalizando

“Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade”

George Orwell – foi um escritor, jornalista e ensaísta político inglês, nascido na Índia Britânica.

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Chega de Corruptos e Corruptores

Se liga São Paulo

Acorda Brasil

SP-16/03/2019

Confira abaixo o programa “COLUNA DO FIORI”, desta semana, que foi ao ar em nosso canal do YouTube.

Nele, o ex-árbitro comenta assuntos, por vezes, distintos do que são colocados nesta versão escrita:

*A coluna é também publicada na pagina Facebook:  “No intervalo do Esporte”

*Não serão liberados comentários na Coluna do Fiori devido a ataques gratuitos e pessoais de gente que se sente incomodada com as verdades colocadas pelo colunista, e sequer possuem coragem de se identificar, embora saibamos bem a quais grupos representam.

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