Cada vez mais, diante de onze anos de constrangimentos (excetuando-se uma conquista de Sul-Americana, a segunda divisão do continente) e resultados deploráveis, como o de ontem, na derrota por dois a zero frente ao fraquíssimo Telleres (o Tolima da vez), de uma Argentina que possui jogadores, no momento, tão capengas quanto os brasileiros, verifica-se que o temível São Paulo, como conhecíamos tempos atrás, está deixando de existir.

Ninguém mais tem medo do Tricolor, a não ser o próprio torcedor que tem frequentado, como nunca, a zona de rebaixamento.

Por enquanto, se o futebol não ajuda, a sorte tem comparecido… mas até quando ?

Pergunta que serve também para os conselheiros do clube, desde os sem-vergonhas que refastelaram-se no “Aero-Leco” (25 viajaram, diante de 22 jogadores relacionados), até os omissos, que acovardam-se diante do desafio de defender a agremiação.

É inadmissível que não exista ninguém melhor do que Leco para gerir o São Paulo, presidente que, nos bastidores, volta a se aproximar da turma de Aidar, este, recentemente, assim como alguns de seus parceiros, afastados da vida Tricolor sob acusação de corrupção.

Ao se ver eliminado na fase pré-Libertadores (uma vergonha!), o ritual de proteção aos cartolas, que contam com apoio financiado das venais organizadas, será o de praxe: demitir o décimo oitavo treinador no período de uma década, sem que resultado prático algum, diante da ineficiência administrativa possa ter a chance de acontecer.

A não ser os esquemas notórios de empresários nas contratações e vendas de jogadores do clube, nas barbas de Raí, que tem parcela de culpa – espera-se, não por dolo – ao trazer para o futebol, não uma, mas duas vezes, gestores ligados ao submundo das negociações, desde Ricardo Rocha até o de agora, o sempre esperto Vagner Mancini.

O fundo do poço aproxima-se, e não será no Talleres Day, mas nos torneios que virão pela frente nos meses subsequentes.

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