Luis Paulo Rosenberg

Há dois dias, o primeiro ministro do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, decidiu “esclarecer” detalhes do contrato entre Corinthians e BMG, mesmo sem saber de todos, porque sequer sentou à mesa de negociação.

É publico e notório que o acordo foi tocado pelo agente de jogadores Giuliano Bertolucci, representante do iraniano Kia Joorabchian no Brasil, parceiro notório de Ricardo Guimarães, dono do afamado “banco do mensalão”.

Rosenberg não fugiu do script básico de suas entrevistas: mentir e delirar.

Selecionamos, por tópicos, os trechos principais:

MENTIRAS

“Foi um namoro longo. Cada vez que a gente se encontrava, eu, o Andrés, e os executivos do banco, falava-se nisso”

NOTA DO BLOG: Rosenberg não participou das negociações

“(a negociação durou) Uns quatro meses. Se é um acordo tradicional, a gente negocia um preço e uma taxa de licenciamento. Mas, quando eu sinto que eu vou aportar uma contribuição decisiva… Quanto maior for a minha confiança no modelo de negócio, menos eu quero dinheiro garantido e mais eu quero participação. Nesse negócio com o BMG, vale ter uma participação grande”

NOTA DO BLOG: A negociação durou uma semana

“É claro que ele [BMG] fica puto de me dar 50%. Se você pensar bem, em uma associação em que um entra com o capital e o outro entra com o marketing, é no máximo 30% a 70%. Eles aceitaram porque eles perceberam que não iriamos aceitar menos e pensaram: “se eu der 50%, esse cara [Rosenberg] vai ralar a bunda para trazer contas nesses cinco anos e ele vai formar uma puta base de clientes”

NOTA DO BLOG: O Corinthians aceitaria qualquer percentual

“(sobre naming-rigths) Não depende de mim. Se você me perguntar se eu estou negociando com gente séria, eu estou. Você está sentindo as negociações mais concretizáveis do que no passado? Estou. Você está com um negócio que dá para resolver em 15 dias? Não”

NOTA DO BLOG: Não há negociação de naming-rights em andamento


DELÍRIOS

Quanto a usar o peito da camisa, eu cago solenemente. Até a última hora eu tinha uma outra opção de [patrocínio] papai e mamãe. Eles me davam X milhões e colocavam o nome por dois anos. Isso aqui [mostra o peito], não é o meu foco. O foco é nos 50% [de participação nos lucros do BMG com as contas de corintianos].

“(…) sobre o negócio com o BMG, todo mundo do mercado que me liga fala “puta que pariu, que negócio”. E vocês ficam nesse negócio de só R$ 12 milhões.”

“Para mim, aquilo [R$ 12 milhões] é bosta. Se eu não achasse que o Corinthians vai ganhar, por baixo, R$ 80 milhões, eu não teria feito esse contrato. Eu teria feito o certo de R$ 30 milhões”

“(ao ser questionado sobre a necessidade de, para atingir os números prometidos, a parceria com o banco ter que arrecadar mais do que o BMG lucra durante um ano inteiro) Pode ser”

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