Andres Sanches e Duílio “do Bingo” Monteiro alves

Ontem, em entrevista coletiva, o presidente do Corinthians, Andres Sanches, não teve alternativa senão admitir que o BMG, afamado “banco do mensalão”, de fato pagará apenas R$ 12 milhões anuais ao clube, e que os tais R$ 30 milhões apregoados, conforme revelado pelo Blog do Paulinho, tratam-se de adiantamento dos anos subsequentes.

Ou seja, em tese, o Timão nada receberá em 2020 e já sai 2021 devendo mais R$ 6 milhões.

Sanches, orientado pelo primeiro Ministro Luis Paulo Rosenberg, tentou, porém, jogar no colo do torcedor alvinegro a responsabilidade de reverter o quadro, condicionando-o à adesão de produtos bancários do BMG, dos quais o clube teria direito a 50% dos lucros.

A realidade, porém, é bem diferente que as promessas da cartolagem alvinegra.

Em passado recente, o clube efetuou parceria idêntica para a comercialização de cartões de crédito, capitalizações, etc., com instituições bem mais sólidas (Bradesco, Caixa, entre outros), com resultados tão irrisórios que sequer foram divulgados.

Que estímulo teria, então, o torcedor alvinegro para investir o suado dinheiro num banco ligado a um dos maiores assaltos aos cofres públicos da história nacional, em que o proprietário ganha mais dinheiro com negociação de jogadores, sabendo ainda que a tal “metade” dos supostos lucros seria gerida, no caso do Corinthians, por uma diretoria composta por investigados pela “lava-jato”, como Andres Sanches, Vicente Cândido e André Negão, sem contar Luis Paulo Rosenberg, que, por falcatruas ligadas ao setor financeiro (a quebra do banco Panamericano) foi apenado com oito anos sem poder operar no mercado de capitais ?

Desmascarando Luis Paulo Rosenberg, que nega ter sido apenado pelo Banco Central na fraude do Panamericano

Por falar em intermediação de atletas, somente neste mês de janeiro, coincidentemente, o Corinthians contratou dois jogadores ligados ao pessoal do BMG (Giuliano Bertolucci/Kia Joorabchian), nas seguintes condições:

  • Ramiro

R$ 8 milhões de luvas, acrescidos de R$ 12 milhões a serem pagos em negociação futura;

  • Michel Macedo

R$ 4,8 milhões de luvas

Na soma, o Corinthians comprometeu-se, nestes dois negócios (benéficos ao BMG), a pagar quase R$ 25 milhões, sem contar outros gastos com atletas ligados ao mesmo grupo empresarial que faz parte, há alguns anos, da folha salarial alvinegra.

Para finalizar, esclarecendo ao torcedor o que existe por detrás destas movimentações alvinegras, no contexto do pedido de ajuda aos empresários da bola (efetuado por Andres Sanches na virada de 2018), por conta do clube, com o nome sujo na praça (dele e de seus dirigentes) não conseguir fechar patrocínios relevantes, além do acordo com a turma de Kia/Bertolucci/BMG e dos “empréstimos” de Carlos Leite (constantes no balanço), fala-se agora que o agente Fernando Garcia pagará R$ 34 milhões (de seu bolso) ao Sevilla para repatriar Guilherme Arana, sob condição de receber a quantia de maneira parcelada (cobrando juros) ou em direitos federativos doutros atletas, sem contar os valores da comissão, que, no Parque São Jorge, giram em torno de 30%.

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