Ontem, a Rede Globo, ao comprovar 48 depósitos sem origem – todos de R$ 2 mil, alguns realizados em período de minutos, na conta do limitado senador Flavio Bolsonaro, acabou por revelar as razões do desespero do filho do Presidente, que levou-o a pedir o fim das investigações sobre o motorista/caixa da família, Fabrício Queiroz – provável depositante.

A tentativa de fraude, escondendo detalhes da operação financeira, é evidente.

Se o dinheiro tivesse sido depositado numa tacada só, na boca do caixa, a pessoa que realizou o serviço seria obrigada a identificar-se; em formalizando os procedimentos no caixa eletrônico, nos  valores especificados, além de não necessitar informar a origem, o delinquente buscou driblar o COAF, que raramente se atenta à quantias irrelevantes.

No período do governo do PT, a população saiu às ruas, com absoluta razão, para protestar contra a corrupção, ocasião em que o personagem “Pixuleco” – apelido de “propina” (em forma de boneco do presidente Lula com roupa de presidiário) ganhou fama.

Em comprovada a ilicitude dos pagamentos a Bolsonarinho, talvez as novas manifestações tragam o “Bozoleco”, alusão óbvia ao apelidado Governo “Bozonaro”.

O caso é grave e, pelo que se observou de início, poderá atingir não apenas os rebentos do presidente, mas também ao próprio, que já teve sua esposa listada entre os beneficiários de Queiroz, cada vez mais identificado como operador financeiro de praticas nebulosas dos Bolsonaros.

“É melhor JAIR renunciando”, diriam alguns para o menino Flávio, que, daqui alguns dias, assumirá cadeira no Senado, ampliando a repercussão de seus deslizes.

E Sérgio Moro, refém da retorica, mas nem sempre da prática, de anti-corrupção seguirá de olhos fechados ?

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