Eduardo Gaguinho  e Andres Sanches

Não haverá surpresa quando o presidente do Corinthians, Andres Sanches, oficializar o afastamento do ex-jogador Alessandro no departamento de futebol alvinegro, algo que sempre desejou, mas não teve coragem de realizar durante o período de conquista de títulos.

Pacientemente, o ex-deputado aguardou pela má-fase, que utilizará como muleta no cumprimento da “morte anunciada”.

O nome mais cotado para comandar o departamento, coincidentemente desafeto de Alessandro, é o de notório preposto de Sanches – desde os tempos em que fingia “lutar contra o sistema” no desmoralizado grupo “Fora Dualib” – o ex-assessor do Gaviões da Fiel, Eduardo Ferreira, vulgo “Gaguinho”, que já esteve dirigente, recentemente, além de cuidar das obras internas do Parque São Jorge e de camarotes especiais na Arena de Itaquera.

Desde que associou-se ao dono do grupo “Renovação e Transparência”, Gaguinho, sem explicar a origem dos recursos, saiu da fila dos que pediam dinheiro emprestado para comprar ingressos de arquibancada no Pacaembu para o seleto grupo de ‘empreendedores”, dono de empresas (nem sempre registradas em seu nome), além de imóveis relevantes, um deles no caro bairro do Morumbi.

Recentemente, nas eleições de fevereiro de 2018, Eduardo Ferreira protagonizou episódio de compra de votos à favor da candidatura de Andres Sanches, protocolando cheque de R$ 200 mil do agente de jogadores Carlos Leite, com quem, a mando do presidente, manteve parceria.

Flagrados, contaram inverossímil história de que Leite teria realizado empréstimo pessoal a Gaguinho – o que já seria, por conta dos cargos exercidos, uma imoralidade – que, inexplicavelmente, pediu para o depósito ser realizado nas contas alvinegras, com objetivo de receber o dinheiro, posteriormente.

Disse o agente:

“Houve um mal entendido. Eduardo Ferreira (ex-diretor de futebol do clube) ligou para um sócio meu e solicitou o empréstimo, dizendo para colocar na conta do Corinthians”

“Eu fiz achando que era mais um empréstimo como tenho feito outros”

“Quando eu enviei o contrato para o presidente assinar, ele me disse que não solicitou nenhum empréstimo”

“Procurei o Eduardo, que disse que o empréstimo foi contraído por ele, mas colocado na conta do Corinthians”

“O contrato de mútuo foi assinado e estou aguardando a devolução”

Evidentemente, ninguém acreditou.

O caso foi tão mal explicado que o presidente à época, Roberto Andrade, negou qualquer participação do clube na transação, evidenciando a sacanagem, até os dias atuais esquecida pelos conselheiros alvinegros, sem apuração ou punição a eventuais infratores.

É nas mãos dessa gente que o departamento de futebol do Corinthians deverá ser jogado em 2019.

Até mesmo o treinador Fabio Carille, contratado para trabalhar com Alessandro e agora sob as ordens de Gaguinho/Andres, deve estar sentindo-se dentro de um “conto do vigário”, com grande possibilidade de servir de “bucha de canhão” no Paulistinha, para que se abra espaço a Mano Menezes, profissional dos sonhos da dupla de cartolas e também do agente associado, absolutamente adepto de todas as práticas – ligadas ao comércio de jogadores – sugeridas nessa postagem..

Em tempo: outro nome circulante como provável funcionário do futebol alvinegro, o ex-atleta Emerson Sheik, além de velho conhecido da Polícia Federal (acusado de crimes diversos) é sócio de Andres Sanches em alguns empreendimentos, mais notoriamente a badalada casa “Paris 6”.

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