Ontem, o SBT, sob as ordens de Silvio Santos, trouxe de volta lamentável propaganda dos tempos da Ditadura, com slogan “Brasil, ame-o ou deixe-o”.

É histórico o flerte do comunicador com os militares, que proporcionaram-lhe facilidades na aquisição de uma rede de televisão.

Silvio que, em passado recente, recorreu-se também do governo democrático, à época chefiado por Lula, para salvar-se de condenação criminal nas fraudes do Banco Panamericano, premiando o petista, depois, com apoio jornalístico.

“Topa tudo para estar de bem com o Governo”, parecer ser o lema do homem do Baú.

Recém eleito, o presidente Bolsonaro, alvo da bajulação de Silvio Santos, tem utilizado as mídias sociais para difundir o pensamento de que, acabadas as eleições, todos, incluindo opositores, deveriam unir forças, “pelo bem do Brasil”.

O SBT, assim como a Rede Record, alinhados, passaram a divulgar mensagens nesse sentido.

Trata-se de grande equívoco, de avaliação e comportamento.

Nunca, em momento algum, a união de grupos com ideias tão antagônicas, no contexto da submissão ao poder, poderá ser benéfica ao país, pelo contrário, servirá apenas para facilitar a vida de possíveis delinquentes.

A oposição se faz absolutamente necessária, à parte do Governo, principalmente quando o grupo gestor se mostra simpático à perda de direitos dos mais pobres, à repressão dos que não comungam de seus pensamentos, ao discurso bélico contra a imprensa, à ameaça e coação a professores, etc, etc, etc.

Aderir a esse tipo de regime “por amor à pátria” é mera retorica oportunista, desleal e manipuladora.

Amar o Brasil, diferentemente da propaganda da Ditadura, difundida por Silvio Santos, é não deixá-lo e seguir, firme, em oposição aos desmandos do Governo, esclarecendo à população tudo que o poder deseja esconder.

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