Os dois jogos do Corinthians sob o comando de Jair Ventura revelam bem o que a Fiel Torcida poder esperar, pelo menos, até o final de 2018: time grande jogando como pequeno para evitar o rebaixamento no Brasileirão e, talvez, apesar da improbabilidade (o time apresenta o pior futebol entre os quatro semifinalistas), conquistar a Copa Do Brasil.
Aliás, o prêmio deste torneio (R$ 50 milhões), sequer entrará nos cofres alvinegros (que estão bloqueados), servindo para abater parte das dívidas com os atletas, próximas dos R$ 60 milhões.
Mesmo em tempos difíceis, é impossível recordar o Corinthians passando 180 minutos sem dar um chute sequer na direção correta do gol.
Apequenar um clube com a grandeza do Timão é proeza de quem priorizou, nos negócios, a pessoalidade dos dirigentes à coletividade de um clube de história corajosa, mas que ontem mais parecia um ratinho assustado e acuado diante de um predador sem dentes, nem tão perigoso assim.
Houve quem comemorasse o empate contra o Flamengo, que sequer garantiu vantagem no jogo de volta – apesar de ser disputado em Itaquera, mas, mesmo entre estes, o sorriso exposto, em contraste com o olhar de preocupação, nitidamente possuía tons amarelados.