(trecho da coluna de JUCA KFOURI, na FOLHA)
O jogo contra os Estados Unidos serviu, também, para revelar como Tite, por escolha dele mesmo, se tornou refém de Neymar.
O popstar se apresentou à seleção vestido como se fosse banana e, ao virar capitão do time, apesar de ridicularizar seus novos companheiros com brincadeiras típicas de moleques nas redes antissociais, igualou o técnico à fruta que usou como roupa.
Ora, ninguém tem nada a ver com a indumentária de nosso craque que rolou como a melhor piada da última Copa do Mundo, na Rússia.
Nem com o fato, segundo o próprio, de ele preferir calar ao ser criticado, esquecido de que falou, mas em anúncio de lâmina de barbear, porque a cara é de pau, mas o bolso é de ouro.
Todos podem, no entanto, lembrar de Bellini, de Mauro, de Carlos Alberto, de Dunga e de Cafu, os capitães que ergueram as taças do pentacampeonato, e ressaltar, com ponto de exclamação: “Que diferença!”.
Ou recordar de outros capitães, mesmo derrotados, como Sócrates, na Espanha, ou, na Rússia, de Miranda: “Que diferença!”.