Tentando encontrar um rumo para sua ainda confusa gestão de futebol no São Paulo, o ex-jogador Raí tropeçou na lingua ao reclamar, durante a semana, da escalação de árbitros cariocas em jogos do clube.

Se feitas por torcedores, em ambiente interno, as colocações já beiram o exagero, tratam-se de verdadeiro tiro no pé na boca de dirigente que pretende se firmar no mercado pela seriedade e modernidade de condutas.

O episódio não pressiona ninguém, sequer serve para modificar o óbvio: o péssimo nível dos árbitros brasileiros, independentemente da região de nascimento.

Ou Raí acredita que durante o campeonato paulista, a maioria dos apitadores, seguindo a lógica da proporção de recentes pesquisas, não torcem, em exemplo, para o Corinthians ?

Existe também a certeza de que no elenco tricolor jogadores profissionais podem, eventualmente, torcer para o adversário.

No mundo profissional, estes pormenores precisam ser deixados de lado, a não ser que existam provas claras de desvios de conduta.

Em não havendo, essas declarações – como a de Raí, servem apenas para trazer ao Tricolor a antipatia de quem, por ventura, sentir-se atingido pelas colocações.

Ontem mesmo, o SAFESP (Sindicato dos Árbitros), soltou Nota de Repúdio, sem citar nomes, mas claramente dirigida ao cartola Tricolor:

http://www.safesp.org.br/noticia/220/presidente-do-safesp-faz-nota-de-repudio-contra-dirigentes

Raí, enquanto jogador, teve, na média geral, comportamento diferenciado (no sentido positivo) da grande maioria dos jogadores de futebol, certamente influenciado pela decência do irmão maios famoso, o Dr. Sócrates, mas após largar a chuteira transitou por caminhos complicados – como a sociedade, em ONG, com o ex-jogador Leonardo, agente de jogadores disfarçado de dirigente – e parece estar sendo infectado pelos velhacos que há anos infelicitam o São Paulo, pelo menos ao proferir discursos que ficariam absolutamente adequados na boca dessa gente.

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