“Está previsto na regra que, se o árbitro entender que houve uma demora excessiva, pode punir com o cartão amarelo. [Nesse caso do Moisés e Luan], o motivo foi uma demora, um excesso de comemoração”
(MARCOS MARINHO – presidente da Comissão de Arbitragem da CBF)
Durante a primeira fase da Copa do Mundo, a utilização do VAR se fez presente de maneira ostensiva, fator este que desagradou a diretoria de arbitragem da FIFA.
Da fase seguinte em diante, reconheceram o equívoco e buscaram aprimoramento (o blog discorda e preferia como estava), atitude elogiável de quem escolheu abrir mão de pré-definições para preservação do bom senso.
No Brasil, as vaidades impedem que os chefões da arbitragem revoguem determinações nitidamente exageradas.
Questionado sobre os cartões recebidos por Moisés e Luan, pela comemoração de seus gols no Brasileirão, o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Marcos Marinho, disse:
“Está previsto na regra que, se o árbitro entender que houve uma demora excessiva, pode punir com o cartão amarelo. [Nesse caso do Moisés e Luan], o motivo foi uma demora, um excesso de comemoração”
Punir com cartão amarelo ou vermelho (se o sujeito já estiver advertido) aos jogadores que, em momento de alegria, extravasam nas comemorações do sublime momento do gol, e, pior, justificar o erro com desculpas esfarrapadas, descontextualizadas da realidade, é absolutamente revelador sobre a personalidade da cartolagem.
Marcos Marinho perdeu a oportunidade de, no meio termo – liberando a festa dos artilheiros, e, ao mesmo tempo, advertindo-os sobre possíveis excessos (verdadeiros, não os inventados pelo dirigente no estapafúrdio pronunciamento)- demonstrar-se grande, reconhecendo o exagero de uma determinação prejudicial ao espetáculo e o espírito esportivo.