Rosenberg passa a mandar, também, no departamento financeiro
Cinco meses após assumir a diretoria financeira do Corinthians, Wesley Melo entregou o cargo, sob justificativa “oficial” de não conseguir conciliar o trabalho com sua vida privada.
A verdade não é essa.
Melo desgastou-se com Luis Paulo Rosenberg, principal dirigente alvinegro, excetuando-se Andres Sanches, que, apesar de presidente, preocupa-se apenas com negócios do futebol.
O ex-vice de finanças estabeleceu metas para redução de despesas que não estavam sendo respeitadas pelo cartola.
Outro fator de desgaste foram as promessas, efetuadas antes de Wesley Melo assumir a pasta financeira, de que o clube passaria a arrecadar mais.
Nenhum negócio relevante foi fechado.
Por fim, a dificuldade em acessar as contas do estádio de Itaquera (nem a auditoria contratada pelo clube conseguiu os dados), que poderiam justificar os desvios de dinheiro do clube para cobrir despesas da Arena, além dos obscuros acordos com a OMNI e a SPR, tornaram inviáveis o cumprimento de alguns planejamentos.
Rosenberg, sob pretexto de ser economista de ofício, logo após a saída de Melo decidiu assumir, informalmente, a pasta, e desde então já dita ordens ao funcionário Roberto Gavioli.
Se houver a necessidade doutro nome ser empossado na diretoria, talvez para esconder a impopularidade do novo homem forte das contas alvinegras, este será indicado pelo próprio dirigente.
Em tempo: Matias Antonio Romano de Ávila assumirá o cargo, sob a benção de Rosenberg
Vale lembrar que o afamado “Primeiro Ministro” do Parque São Jorge (domina agora o marketing, as finanças e os negócios do estádio) não tem boa fama no mercado, tendo sido punido, pelo banco central e também pela CVM, em ação que investigava fraude no Banco Panamericano.