Com humildade e grande dedicação, a Rússia se entregou em campo, conseguiu levar o empate em um a um até a cobrança de penalidades, quando venceu a favorita Espanha, por quatro a três, classificando-se para as quartas de final da Copa do Mundo.

Todo castigo é pouco à soberba e para um treinador que teve a ousadia de deixar um gênio como Iniesta no banco de reservas.

A primeira etapa começou com a Espanha alugando o setor defensivo dos russos, que tentavam, com dificuldade, engatar contragolpes.

Aos 11 minutos, após cobrança de falta pela direita, Ignashevich dividiu com Sergio Ramos e tocou a bola contra a própria meta, abrindo o marcador para os espanhóis.

Daí por diante o jogo mudou.

A Espanha, numa espécie de “cera técnica”, passou quase todo o período tocando bola de lado, sem objetividade, sendo assistida por uma Russia que não esboçava reação.

Até que, aos 39 minutos, em levantamento na área, Dzyuba cabeceou e a bola tocou no braço imprudente de Sérgio Ramos, indevidamente esticado para cima, em penalidade bem assinalada pela arbitragem.

O próprio Dzyuba bateu com categoria e igualou o marcador.

No segundo tempo, o panorama se manteve, com a Espanha tocando bola no ataque e a Rússia se defendendo com muita dedicação.

Aos 15, para tentar qualificar o contragolpe, os russos colocaram Cheryshev em campo; os espanhóis, aos 21, tiraram David Silva para a entrada de Iniesta.

E foi do gênio Iniesta a jogada mais relevante de ataque, aos 39 minutos, em batida de fora da área, bem defendida pelo goleiro adversário.

Surpreendentemente, por conta da ineficiência ofensiva dos favoritos espanhóis e da entrega dos jogadores russos, o jogo foi para a prorrogação.

O tempo extra foi quase uma cópia do que se viu durante toda a partida.

Os melhores lances saíram em duas grandes jogadas do brasileiro Rodrigo, que entrou no segundo tempo e, ao menos, fugiu da mesmice espanhola.

A equipe da casa, no apito final, extenuada, se deu por satisfeita com a decisão pelas penalidades.

E, nas batidas penais, brilhou o goleiro Akinfeev, que defendeu duas cobranças espanholas (Aspas e Koke), levando a Russia à vitória por quatro a três.

Os russos aguardam agora o vencedor entre Croácia e Dinamarca para, quem sabe, sonhar ainda mais nas quartas de final, enquanto a Espanha voltará para casa, envergonhada, após um tropeço de quem achou que era fenomenal, mas esqueceu da necessidade de jogar futebol para confirmar o favoritismo.

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