O fim do foro privilegiado para crimes cometidos por deputados e senadores fora do exercício legislativo complicou, e muito, a vida do deputado federal Andres Sanches (PT).

Ao menos uma das ações criminais que tramitam contra ele no STF, justamente a mais complicada, deverá retornar, em breve, ao TJ-SP.

Sanches é acusado de, junto com parentes, utilizar-se de empresas de fachada, em regra, com funcionários e familiares destes como “laranjas”, para aplicar golpes na praça e também em instituições bancárias.

Em ação semelhante, sobre o mesmo assunto e com as mesmas vítimas, o presidente do Corinthians foi condenado, civilmente, a ressarcir a Receita Federal, que, em arrasador parecer, tratou-o e a seus parceiros como “bandidos”.

A dívida, de muitos milhões de reais, está em fase de execução.

Antes de enviar o processo para o STF, o TJ-SP já havia adiantado bem os procedimentos, restando apenas – como já estava para ser no Supremo, a promulgação da sentença.

Mas os problemas de Sanches, como todos sabem, não limitam-se aos tribunais de São Paulo.

Inquérito que corre no Supremo, sob segredo de Justiça, sobre as delações premiadas da Odebrecht na construção da Arena de Itaquera, em que, ao menos, três dirigentes alvinegros foram apontados, diretamente, como recebedores de “vantagens” (Andres Sanches, André Negão e Vicente Cândido) sairá das mãos do Ministro Edson Fachin para as do temido juiz Sergio Moro, da Justiça Federal de Curitiba.

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