Andres Sanches, Roberto “da Nova” Andrade e Mario Gobbi

O Balanço do Corinthians, aprovado por um Conselho Deliberativo mais “Andresense” do que corinthiano, confirmou informações reveladas pelo Blog do Paulinho de que o clube possuía dívida milionária em salários não pagos a jogadores de futebol.

R$ 35.470.000,00, disfarçados em contratos de “Direitos de Imagem”.

Situação que expõe, ainda mais, o valor dos profissionais do departamento de futebol (treinador, comissão técnica, gerente e atletas), que, mesmo atrapalhados pela gestão, conquistaram o paulistinha e o Brasileirão 2017.

No extrato da dívida, que revelaremos abaixo, existem jogadores do elenco atual, alguns emprestados a outras equipes, outros já fora do clube (inclusive o treinador Tite), mas, estranhamente, estão incluídos, também, empresas ligadas a agentes de atletas.

Nesta condição, por exemplo, está Fernando Garcia, escondido atrás de duas contas de empresas: GT Sports e B2F, num total de R$ 8.445.000,00 à receber.

Fato estranhíssimo, se levado ao pé da letra, porque não se tem notícia do Corinthians ter utilizado a “imagem” do empresário, mas sim dos jogadores agenciados por ele.

Ou seja, em vez de repassar estes valores diretamente aos atletas (como se espera em relações com funcionários), a diretoria alvinegra deposita em contas controladas pelo agente, que, a seu critério, deve distribuir a quem de direito.

É até provável que boa parte da quantia não seja destinada ao bolso dos jogadores.

Vale a pena lembrar, outros dois agentes, que formam o trio “preferido” de Andres Sanches, porém em transações discriminadas como empréstimo, também possuem pendência a receber do Timão: Carlos Leite – R$ 4,1 milhões e Giuliano Bertolucci – R$ 5,2 milhões.

Ou seja, somente para os ‘Três Mosqueteiros” o Timão deve R$ 17.745.000,00.


Dívida do Corinthians com salários atrasados (Direitos de Imagem) – relação de credores discriminados

  • Fabio Santos: R$ 276 mil;
  • Elias: R$ 600 mil (procurador: Felipe Ezabella);
  • Anderson Martins: R$ 650 mil;
  • Romero: R$ 1.430.000,00;
  • Rodriguinho: R$ 979 mil;
  • Jadson: R$ 1.265.000,00;
  • Elton: R$ 871 mil;
  • Tite: R$ 976 mil;
  • Lodeiro: R$ 600 mil;
  • GF Produtora de Eventos Esportivos: R$ 1.606.000,00;
  • BrazilSport Assessoria Esportiva (Guilherme): R$ 1.192.000,00;
  • GT Sports (Fernando Garcia): R$ 6.924.000,00;
  • Jô: R$ 2 milhões;
  • PP Sports e Participações: R$ 600 mil;
  • B2F Marketing (ligada a Fernando Garcia): R$ 1.521.000,00;
  • Olé Sport (Gustagol): R$ 991 mil

Sem “renovação”, muito menos “transparência”, lema da gestão alvinegra, o Corinthians especifica no balanço, além dos credores acima listados, R$ 12.989.000 a serem pagos para “outros contratos”, sem destacar de quem se tratam.

Existe ainda, além dos R$ 35,4 milhões em salários (Direitos de Imagem) devidos, a indicação de mais R$ 20.452.000,00 a serem pagos, a longo prazo (ultrapassando 2018), sendo que destes apenas o jogador Cristian, que sequer jogou em sua recente passagem no Parque São Jorge, é credor de R$ 4,5 milhões.

Abaixo a relação completa:

  • CC Baroni Administradora e Marketing (volante Cristian): R$ 4,5 milhões;
  • BrazilSport (Guilherme): R$ 1.820.000,00;
  • Jô: R$ 4,5 milhões;
  • Santarelli Sports (Pablo e Rodriguinho): R$ 1.808.000,00;
  • GF Produtora de Eventos Esportivos: R$ 840 mil;
  • Jadson: R$ 500 mil;
  • Think Ball: R$ 765 mil

Repetindo o ocorrido na relação de credores dos “direitos de imagem”, o Corinthians discriminou agora R$ 5.719.000,00 a serem pagos para “outros”.

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