O Palmeiras não deve ter pagado barato para obter um relatório da Kroll, empresa “top” no ramo de investigações particulares.

Como parâmetro, recentemente, o Blog do Paulinho teve acesso a um orçamento para investigação de dirigente de clube do estado de São Paulo, a pedido de associados desta agremiação, que ficaria em R$ 200 mil.

Dificilmente o valor cobrado do Verdão, clube com mais recursos do que meia duzia de pessoas, sairia por menos disso.

Porém, diante da dificuldade de obter prova cabal da ordem externa para que a arbitragem voltasse atrás na fatídica penalidade marcada, e depois desmarcada, na final contra o Corinthians, a Kroll apelou.

Ninguém dúvida da existência da interferência externa, até porque as evidências apontam para tal, porém, o caminho seguido pela investigação para comprová-la é inverossímil.

Pode-se até, em suposição, dizer que nas fotografias reveladas ao público havia um funcionário da FPF (Márcio Verri Brandão) com celular às mãos, mas como saber, ao certo, o teor de sua utilização.

Colocá-lo na “Cena do Crime” é mera conjectura sem a menor possibilidade de comprovação.

No máximo, com o material apresentado, consegue-se punir quem infringiu o regulamento (que impede entrar com o aparelho em campo) e as pessoas que fecharam os olhos para o procedimento (entre os quais o chefe da arbitragem).

Até o relatório dos horários de alguns procedimentos apanhados pela KROLL que indicariam a suposta manipulação são difíceis de acreditar:

  • o comentarista da GLOBO disse que não foi pênalti ás 17h31m49s;
  • SETE SEGUNDO DEPOIS, Dionísio Roberto Domingos, que estava ao lado do funcionário com celular, teria avisado o auxiliar do erro da arbitragem

Ou seja, em sete segundos, alguém escutou o comentário da Globo, repassando em digitação supersônica ao representante da FPF para este, à jato, contar à Dionísio, que, em desempenho “The Flash” mudou a história do campeonato.

Apenas para deixar claro, o Blog do Paulinho acredita que Dionísio, de fato, alertou a arbitragem sobre o erro – o que é ilegal, mas, como se observa, de difícil comprovação – talvez utilizando-se de ponto eletrônico, dificilmente pelo roteiro elaborado na investigação.

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