Recentemente, Flavio Prado, da rádio Jovem Pan, ao comentar sobre a presença de torcedores, em pleno horário comercial, lotando a Arena de Itaquera para acompanhar treino do Corinthians, tratou-os como “vagabundos”.
Apesar das palavras mal colocadas, quem acompanha o trabalho do jornalista sabe que referia-se às “organizadas”, estas, de fato, com grande incidência de criminalidade.
Ainda assim, entendendo o excesso, Prado desculpou-se em mensagem de vídeo, poucas horas depois.
A retratação, juridicamente, elimina qualquer possibilidade de crime cometido contra a honra de quem quer que tenha sentido-se atingido.
Mas sempre existem aqueles que querem se aproveitar.
Dias atrás, o conselheiro do Corinthians, Manoel Ramos Evangelista, o Mané da Carne, assessor parlamentar no gabinete do deputado federal Andres Sanches (PT), enviou a seguinte mensagem, por whatsapp, a conselheiros do clube:
“Bom dia conselheiros
Estou tentando abrir um processo contra esse jornaleiro Flávio Prado.
Mas preciso do vídeo aonde ele chama nossa torcida de vagabundo (sic).
Se alguns do senhores tiver mande o vidio (sic) aonde ele declarar isso
OBRIGADO AGRADEÇO AJUDA”
Diante da possibilidade limitada à ação civil, Mané quer mesmo, ao que parece, “tomar dinheiro” do jornalista, sob desculpa de ter se sentido atingido pelo comentário, genérico, que já foi inclusive retratado.