Com placar definido, oito a zero, o STF votou, em novembro de 2017, pela restrição ao foro privilegiado a deputados e senadores com relação a crimes cometidos fora do exercício do mandato.

A decisão só não foi homologada, ainda, porque o ministro Dias Toffoli, sabe-se lá com que dúvidas ou motivações, mesmo diante da goleada, pediu “vistas” do processo.

Após quatro meses, o gabinete do magistrado acena que os documentos serão liberados assim que findar o feriado de Pascoa.

Ou seja, em abril, o STF concluirá o julgamento.

O assunto gera grande temor na cúpula gestora do Corinthians, boa parte dela investigada pela Polícia Federal, após delação da Odebrecht que confessava pagamento de propinas, algumas disfarçadas de doações eleitorais, ao deputado federal Andres Sanches (PT), atual presidente alvinegro.

Podem ter problemas, também, o ex-vice do Timão, André Negão – que chegou a ser levado coercitivamente para depor, além doutros dirigentes que, à época, avalizaram os acordos e, em sequencia, foram agraciados com substanciais contratos com a construtora.

Nesta condição estão o ex-financeiro Raul Correa da Silva, o ex-jurídico Sérgio Alvarenga e o atual de marketing, Luis Paulo Rosenberg.

Assim que publicada a sentença do STF, todas essas investigações trocarão a morosidade notória do Supremo pela eficácia do implacável juíz Sergio Moro.

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