FUTEBOL: POLÍTICA, ARBITRAGEM E VERDADE
Fiori é ex-árbitro da Federação Paulista de Futebol, investigador de Polícia e autor do Livro “A República do Apito” onde relata a verdade sobre os bastidores do futebol paulista e nacional.
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“Há sempre coragem em dizer o que todo o mundo pensa”
Georges Duhamel – foi um escritor francês
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Doido
Em um dia da semana que se finda, atendi ligação do ex-árbitro Arnold Melvin Blankenstein, contando que respondendo feita na pagina face book do José Roberto Wright, afiançou que eu era louco. Fato inserido nos programas anexados bem abaixo
Honrado
Sem pestanejar respondi que me sentia honrado, vez que:
Minha loucura era e continua sendo minha luta para que os árbitros tenham dignidade, deixando de serem subservientes, fofoqueiros e dependentes das escalas; uns dos principais fatores da desmoralização da categoria. Imediatamente, sem me despedir, depositei o fone no gancho
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Perguntas
1ª – Ao presidente da CA-Catarinense de futebol Marco Antônio Martins, concomitantemente, presidente da ANAF
– Por onde anda o árbitro Sandro Meira Ricci? Vez que: desde o inicio do campeonato, não arbitrou nenhuma refrega
2ª – Ao presidente da CA-FPF José Henrique de Carvalho, principalmente, ao seu diretor e todo poderoso Dionizio Roberto Domingues
– Onde estão os demais árbitros, do mesmo modo as tão propagadas revelações? Vez que:
– Rafael Claus arbitrou as principais contendas; dando continuação, vocês o puseram para atuar neste sábado 24/02/2018 na contenda Corinthians x Palmeiras
8ª Rodada da Serie A1 do Paulistão – 2018
Domingo 18/08
São Paulo 0 x 1 Santos
Árbitro: Raphael Claus
Assistente 01: Emerson Augusto de Carvalho
Assistente 02: Alex Ang Ribeiro
Quarto Árbitro: Lucas Canetto Bellote
Item Técnico
Nas vezes que foi exigido Rafael Claus deu conta do fato
Item Disciplinar
Foi correto quando da advertência com cartão amarelo para 03 são-paulinos e 03 santistas
Ponte Preta 0 x 0 Palmeiras
Árbitro: Vinicius Gonçalves Dias Araujo
Assistente 01: Miguel Cataneo Ribeiro da Costa
Assistente 02: Vitor Carmona Metestaine
Quarto Árbitro: Alessandro Darcie
Item Técnico
Algumas falhas, duas destas, referente à lei da vantagem; não influiu no resultado
Item Disciplinar
Advertiu com cartão amarelo 03 defensores da Ponte Preta e 02 do Palmeiras
2ª Feira 19/02
Red Bull Brasil 1 x 1 Corinthians
Árbitro: Vinicius Furlan
Assistente 01: Marcelo Carvalho Van Gasse
Assistente 02: Herman Brumel Vani
Quarto Árbitro: Daniel Bernardes Serrano
Item Técnico
Erro aqui, outro acola, sem influir no resultado
No todo
Aceitável
Item Disciplinar
Correto quando da advertência com cartão amarelo para 04 defensores do Corinthians e 03 do Red Bull
Quarta Feira 21/ 02 – Partida adiada que completou a 7ª Rodada
Ituano 2 x 1 São Paulo
Árbitro: Leandro Bizzio Marinho
Assistente 01: Anderson Jose de Moraes Coelho
Assistente 02: Alberto Poletto Masseira
Quarto Árbitro: Ricardo Bittencourt da Silva
Item Técnico
Não fez mais que seu dever e obrigação por ter marcado a clara e infantil penalidade máxima cometida por Igor Vinicius defensor do Ituano no oponente Trellez, ocorrida nos minutos da prorrogação na segunda etapa.
-Infração, cobrada por Cueva, findada no fundo da rede da equipe infratora
Item Disciplinar
Acertou quando da advertência com cartão amarelo para 02 defensores do Ituano e 01 do São Paulo
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Política
Impunidade no forno
Fim do foro e da prisão em segunda instância beneficiará centenas de réus da Lava Jato
Como o Congresso fracassou e teve de recuar em suas tentativas de “estancar a sangria” da Lava Jato, esse papel pode ser exercido, nada mais, nada menos, pelo Supremo Tribunal Federal. Basta o plenário tomar duas decisões: restringir o foro privilegiado dos políticos com mandato e acabar com a prisão após condenação em segunda instância
Essas duas decisões, somadas, significam que muitos criminosos de colarinho branco já presos serão soltos e muitos dos que estão na bica para ser presos já não serão mais. Uma equação perfeita cujo resultado tem nome: impunidade
Como funciona? Assim: 1) o Supremo formaliza o fim do foro privilegiado e empurra os políticos para a primeira instância, em seus redutos eleitorais; 2) o processo praticamente recomeça do zero e pode demorar anos até o acusado ser julgado e condenado pelo juiz e depois pelo TRF; 3) e, com a revisão simultânea da prisão em segunda instância, pelo próprio Supremo, não acontece nada com o réu. Ele vai continuar entrando com recurso atrás de recurso, livre, leve e solto
Isso tudo com um efeito colateral bastante forte na Lava Jato ou em qualquer investigação, em qualquer tempo, sobre corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Sabem qual? O fim, objetivamente, das delações premiadas que foram fundamentais para desvendar esquemas complexos como o do saque na nossa Petrobrás. Qual envolvido vai fazer delação, sabendo que não corre o risco iminente de prisão?
O fim da prisão após a segunda instância beneficia diretamente o ex-presidente Lula. O fim (ou revisão) do foro privilegiado interessa a todos os políticos com mandato e investigados pelo Supremo. As duas coisas, somadas, dizem respeito a todos eles. Logo, já há especialistas fazendo a seguinte conexão: os antipetistas salvam a cabeça de Lula para salvar todos os aliados; os petistas salvam todos os adversários para salvar a cabeça de Lula. Um “acordão” ou, numa linguagem mais polida, uma “convergência” das forças políticas e dos grandes partidos
Pode até ser, mas não parece pura coincidência o movimento dos ministros Edson Fachin e Dias Toffoli. Fachin, relator da Lava Jato, delegou ao plenário o pedido de Habeas Corpus preventivo para Lula não ser preso, criando condições para a previsão de prisão após segunda instância. Ato contínuo, Toffoli anunciou que está pronto para julgar a revisão do foro privilegiado, já virtualmente definida, por 7 dos 11 ministros, mas nunca proclamada porque Toffoli pediu vista mesmo após formada a maioria do plenário
Uma peça-chave é o ministro Gilmar Mendes, que reúne duas condições curiosas: a de principal anti-Lula do Supremo, mas pronto a mudar seu voto e salvar o petista da prisão. Gilmar não tem proximidade com Fachin, mas Toffoli foi advogado do PT, indicado por Lula para o STF e tem bom diálogo com Gilmar e com Fachin
Especialistas estranharam detalhes fora da praxe quando Fachin despachou o HC de Lula para o plenário: a rapidez (recebeu, despachou); não esperou a análise do Superior Tribunal de Justiça (STJ); não pediu informações para os juízes do caso; não solicitou parecer da Procuradoria-Geral da República (que se manifestou apesar disso)
No mesmo embalo, Fachin liberou para o plenário também dois outros pedidos de HC para os quais tinha pedido vista no ano passado na segunda turma. Soou assim: não estou privilegiando o HC de Lula…
Diferentemente da revisão da prisão em segunda instância, o fim do foro privilegiado é bem popular. Mas aos dois, juntos, significam que os processos dos poderosos vão rolar, rolar e rolar, de recurso em recurso, e acabar justamente no Supremo. Só que 20 anos depois…
Publicado no Estadão do dia 23/02/2018 – Autoria da Jornalista: Eliane Cantanhêde
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Finalizando
“Toda vez que um justo grita, um carrasco vem calar. Quem não presta fica vivo, quem é bom, mandam matar”
Cecília Meireles – foi uma jornalista, pintora, poetisa e professora brasileira
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Chega de Corruptos e Corruptores
Se liga São Paulo
Acorda Brasil
SP-24/02/2018
Confira abaixo o programa “COLUNA DO FIORI”, desta semana, que foi ao ar pela rádio Rock n’ Gol e pelo YouTube:
*A coluna é também publicada na pagina Facebook: “No intervalo do Esporte”
*Não serão liberados comentários na Coluna do Fiori devido a ataques gratuitos e pessoais de gente que se sente incomodada com as verdades colocadas pelo colunista, e sequer possuem coragem de se identificar, embora saibamos bem a quais grupos representam.