Fagner, Carlos Leite e Gil

Tratado como “galinha dos ovos de ouro” pelo agente de jogadores Carlos Leite, em entrevista ao jornal “O Globo”, poucas vezes o Corinthians foi tão desmoralizado publicamente.

O empresário disse ainda que o ex-diretor de futebol, Eduardo “Gaguinho” Ferreira, tomou-lhe empréstimo pessoal de R$ 200 mil (sabe-se, utilizado para compra de votos nas recentes eleições no Parque São Jorge), e, em absoluto ultraje, pediu que o dinheiro, dissimuladamente, fosse depositado na conta do clube (do qual sequer era mais dirigente).

Desnecessário explicar o nível de proximidade e promiscuidade necessários entre as partes para a efetivação deste tipo de negócio.

Carlos Leite, Giuliano Bertolucci/Kia Joorabchian e Fernando Garcia (outro “emprestador” de dinheiro) são os agentes que mais fizeram acordos com o Corinthians na última década.

“Gaguinho” existe no clube porque, desde sempre, aceitou comportar-se como preposto de Andres Sanches, desde os tempos de manifestante “Fora Dualib” até os dias atuais, próximo do departamento de futebol e também da execução de obras (os mais lucrativos), ajudando o “patrão” a enriquecer e, pela lealdade, saindo, concomitantemente, da dura vida de desempregado para confortável apartamento, próprio, no bairro do Morumbi.

Voltando a Carlos Leite, ao dizer que emprestava dinheiro ao Corinthians, e também ao Vasco da Gama, porque “não poderia matar a Galinha dos Ovos de Ouro” (sem se dar conta de que os adversários tratam o clube de Parque São Jorge, pejorativamente, como “galinhas”), o agente comprovou a dependência, propositalmente criada, entre as finanças do clube e a de seus abutres, para que o círculo vicioso, gerador de riqueza a meia dúzia de pessoas, perpetue-se por longo tempo.

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