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Por JOSÉ RENATO SATIRO SANTIAGO

Faz pouco mais de dois anos. Convidado, por um grande amigo, a fazer parte da equipe que produzia a revista Placar, aceitei de bom grado, muito por conta da minha paixão pela revista, nascida em tempos de criança.

Confesso que era um trabalho mole.

Produzir uma publicação mensal demanda disciplina e planejamento. Ainda que tivesse outras atividades profissionais, conseguia atender o prazo com certa facilidade.

Quando a revista mudou de editora, por saber que não conseguiria atender a demanda de permanecer em sua sede durante todo o horário comercial, ainda que isto fosse desnecessário, conversei com o novo editor da revista que preferia me desligar. Ele recusou com certa veemência afirmando que bastaria eu manter o atendimento dos prazos estipulados. Isto era uma sexta-feira.

Na segunda, assim que ele chegou, por volta das 11h, ele me chamou em sua sala e falou que precisaria me desligar naquele momento. Fiquei sabendo que apenas naquele momento ele tinha sido informado que todo o conteúdo, por mim preparado, das próximas edições já estavam disponíveis para a equipe de edição. Este movimento me proporcionou uma receita interessante por quebra do contrato, o que não teria acontecido se ele tivesse aceitado meu pedido de demissão dois dias antes.

Apenas um pequeno exemplo do que parece fazer parte do dia a dia dessa empresa nas últimas décadas.

Pois é Editora Abril, sua iminente falência não é obra do acaso. Infelizmente o nível de muitos dos seus funcionários está contribuindo, e muito, para o fim de uma das maiores editoras do mundo em todos os tempos.

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