Ao denunciar fraude nas urnas das eleições do Corinthians, o empresário Paulo Garcia o fez, indiretamente, ao grupo do candidato vencedor, o deputado federal Andres Sanches, responsável pela contratação da empresa fornecedora.

Apesar de que, em verdade, cada vez mais o episódio se pareça com “vender dificuldades para colher facilidades”.

Em camarote do carnaval paulistano, o ex-diretor de futebol alvinegro, Eduardo “gaguinho” Ferreira, um dos líderes do ex-“Fora Dualib”, agora renomeado “Preto no Branco” após adesão da complicada família “Monteiro Alves” garantiu, em entrevista à FOLHA, que estavam conversando com Garcia para “apaziguar” as coisas.

Ontem, no Parque São Jorge, a reaproximação era notória.

Na mesma mesa, com a conta paga por Garcia, estavam o dono da Kalunga e seu fiel escudeiro, Antonio Rachid, confabulando com os “Fora Dualib/Preto no Branco”, sem dar bola para a suposta indignação pelo que trataram como “fraude eleitoral”.

Algo não cheira bem no Parque São Jorge.

Apesar de que seja compreensível o fato de compradores de votos confessos (Garcia e Rachid) não incomodarem-se em dividir espaço com supostos fraudadores, fica a impressão de que enganados mesmo estão sendo os demais corinthianos, que assistem aparente jogo de cartas marcadas, em que todos se acusam para, ao final, aproximarem-se e dividirem os frutos da mesma árvore apodrecida.

EM TEMPO: aos 34 anos, mesmo com o Corinthians tendo contratado diversos jogadores para a mesma posição, o volante Ralf, ligado ao agente Fernando Garcia, irmão do dono da Kalunga, retornou ao Corinthians, recebendo R$ 300 mil mensais de salários. 

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