Desnecessário dizer o quão patética e inadequada foi a cena do destempero de Oswaldo de Oliveira ao partir para cima de um jornalista após empate do Galo com equipe do Acre, na Copa do Brasil, que custou-lhe mais um emprego.

Aliás, já está virando piada popular dizer que o treinador tem sobrevivido à custa de multas contratuais.

Este espaço que sempre defendeu Oliveira, por conta de não se meter em esquemas submersos do futebol, sente-se absolutamente à vontade para também criticá-lo.

Era promissor o início de carreira do então auxiliar de V(W)anderlei(y) Luxemburgo, que, dizem, foi o verdadeiro responsável por montar o time, certamente o melhor da história do Corinthians, que viria a se tornar bi-campeão brasileiro em 1998 e 1999.

O momento era tão bom que, após a queda do treinador, Oliveira assumiu a equipe e sagrou-se, ainda novato, Campeão Mundial de Clubes em 2000, entrando definitivamente para o olimpo alvinegro, e, em consequência, ao mercado “top” de sua profissão.

Porém, o tempo, assim como fez com Luxemburgo, foi reduzindo a importância de Oswaldo, diante de evidente decréscimo de desempenho, dizem, por conta de alguma soberba, amparada na fama de “bom montador de times” do passado, que, diante da falta de atualização, se desfez.

O treinador, nos dias atuais, discursa, se comporta e, pior, treina seus times como no auge de sua fama, nos anos 2000.

Por sorte, vez ou outra encontra ainda boas propostas de trabalho, que acabam por resguardá-lo financeiramente, mas chegará o tempo, se Oswaldo de Oliveira não decidir correr atrás do conhecimento perdido, das coisas de dificultarem, como ocorreu com o então mentor Luxemburgo, talvez mais rápido com este pelos desvios notórios extra-campo.

O episódio com o jornalista revela que o treinador, nervoso, talvez tenha ciência de suas limitações – razão pela qual ao ser questionado por elas, se abalou, o que, se trabalhado com humildade, talvez esteja ainda em tempo de retomar uma carreira que de promissora passou à estagnação e agora percorre o triste caminho em direção ao ostracismo.

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