fiori - dicunto

FUTEBOL: POLÍTICA, ARBITRAGEM E VERDADE

Fiori é ex-árbitro da Federação Paulista de Futebol, investigador de Polícia e autor do Livro “A República do Apito” onde relata a verdade sobre os bastidores do futebol paulista e nacional.

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apito limpo

“É melhor fracassar na originalidade do que ter êxito na imitação”

Herman Melville – foi um escritor, poeta e ensaísta estadunidense

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Diploma de árbitro

Nas férias do futebol brasileiro 2017/2018, reli o Estatuto do Torcedor, prendendo minha atenção no CAPÍTULO VIII – Da Relação com a Arbitragem Esportiva:

Art. 30. É direito do torcedor que a arbitragem das competições desportivas seja independente, imparcial, previamente remunerada e isenta de pressões

Parágrafo único. A remuneração do árbitro e de seus auxiliares será de responsabilidade da entidade de administração do desporto ou da liga organizadora do evento esportivo

Art. 31. A entidade detentora do mando do jogo e seus dirigentes deverão convocar os agentes públicos de segurança visando à garantia da integridade física do árbitro e de seus auxiliares

Art. 31- É dever das entidades de administração do desporto contratar seguro de vida e acidentes pessoais, tendo como beneficiária a equipe de arbitragem, quando exclusivamente no exercício da atividade

Art. 32- É direito do torcedor que os árbitros de cada partida sejam escolhidos mediante sorteio, dentre aqueles previamente selecionados

Google

Através pergunta sobre o número da lei que regula árbitro de futebol; encontrei:

LEI Nº 12.867, DE 10 DE OUTUBRO DE 2013

Regula a profissão de árbitro de futebol e dá outras providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º A profissão de árbitro de futebol é reconhecida e regulada por esta Lei, sem prejuízo das disposições não colidentes contidas na legislação vigente.

Art. 2º O árbitro de futebol exercerá atribuições relacionadas às atividades esportivas disciplinadas pela Lei no 9.615, de 24 de março de 1998, destacando-se aquelas inerentes ao árbitro de partidas de futebol e as de seus auxiliares.

Art. 3º (VETADO).

Art. 4º É facultado aos árbitros de futebol organizar-se em associações profissionais e sindicatos.

Art. 5º É facultado aos árbitros de futebol prestar serviços às entidades de administração, às ligas e às entidades de prática da modalidade desportiva futebol.

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 10 de outubro de 2013; 192º da Independência e 125º da República.

DILMA ROUSSEFF

Manuel Dias

Aldo Rebelo

Luís Inácio Lucena Adams

SAFESP

Via fone, falei com Arthur Alves Junior sobre o acima dizendo: estou pesquisando sobre a regulamentação do árbitro, sou convicto, que, na pratica, existe algo estranho; solicito que me conceda dia e hora para papo pessoal

Sintetizando

Sabedor de minha eliminação do quadro associativo, educadamente, Arthur me convidou para entrar na dependência do sindicato, de pronto recusei, solicitando que fossemos em outro local.

Com aproximação da hora de almoço, fomos a um restaurante ali perto, fiz perguntas, obtive convencidas respostas, acrescidas de outros esclarecimentos, que resultaram na matéria publicada na Quarta feira 17/01/2018, Blog do Paulinho:

https://blogdopaulinho.com.br/2018/01/17/ex-arbitro-diz-que-resultados-do-paulistao-desde-2013-poderiam-ser-contestados-judicialmente/

Minha opinião

Sem independência, solidariedade e participação da maioria dos integrantes, a entidade árbitro de futebol continuará não tendo importância

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Primeira Rodada da Série A1 do Paulistão – 2017

Quarta Feira 17/01

São Bento 2 x 0 São Paulo

Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza

Assistente 01: Danilo Ricardo Simon Manis

Assistente 02: Herman Brumel Vani

Item Técnico

Sem problemas

Item Disciplinar

Acertou nos momentos que advertiu com cartão amarelo: 01 defensor do São Bento, e 03 santistas 01

No todo

Trabalho normal

Corinthians 0 x 1 Ponte Preta

Árbitro: Rafael Claus

Assistente 01: Emerson Augusto de Carvalho

Assistente 02: Alex Ang Ribeiro

Item Técnico

Deixou de marcar uma ou outra falta, assim como, marcou falta inexistente quando da disputa normal pela bola entre o corintiano Kazim com o goleiro oponente, ocorrida minuto antes do término da refrega

Acertou

Apontando a penalidade máxima sofrida por Jadson, defensor corintiano, batida por ele, defendida pelo goleiro Ivan

Item Disciplinar

Aplicou e corretamente 5 cartões amarelos, acrescidos do segundo que originou o vermelho para os atletas: Wanderson, defensor da Ponte Preta, e também ao defensor corintiano

No todo

Trabalho cabível

Quinta Feira 18/01

Palmeiras 3 x 1 Santo André

Árbitro: Salim Fende Chavez

Assistente 01: Bruno Salgado Rizo

Assistente 02: Alberto Poletto Masseira

Item Técnico

Cometeu alguns deslizes, que não tiveram implicaram no placar final

Item Disciplinar

Errou e feio por ter advertido Walterson, defensor do Santo André, quando da maldosa falta que praticou no oponente Marcos Rocha, deveria e poderia ter-lhe mostrado o cartão vermelho

No todo

Atuação aceitável

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Política

A persistente e cansativa cara de pau de Lula e PT

Sua retórica se inspira na tradição totalitária que fez milhões de vitimas mundo afora

O fato que salta à vista neste início de ano é a eterna cara de pau de Lula e dos advogados e militantes do Partido dos Trabalhadores (PT). O famigerado líder petista e seus sequazes tentam peitar a magistratura, com o propósito de tumultuar o julgamento do réu pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, no próximo dia 24, tendo sido já o ex-presidente condenado pelo juiz federal Sergio Moro em primeira instância, no âmbito da Operação Lava Jato.

A finalidade da estratégia petista sempre tem sido pescar em águas turvas. Para Lula, só há uma alternativa: guindá-lo de novo ao poder, do qual ele e seu partido foram desalojados pela sociedade brasileira após 14 anos de desmandos. Inovou Lula com essa estratégia? Definitivamente, não: essa é a via aberta pelos totalitários desde os jacobinos e Lenin até os dias atuais.

O grande problema não resolvido pelos totalitários é que eles se acham superiores ao restante da humanidade. O termo “democracia”, para o espírito totalitário, significa governo dos próprios totalitários sem nenhuma limitação. Eles assumiram o espírito pregado por Jean-Jacques Rousseau no seu Contrato Social: o líder e os “puros”, seus seguidores, têm a missão escatológica de dar origem ao “homem novo”, aquele não conspurcado pela defesa dos interesses individuais. E somente pode haver uma forma de governo válida: a ditadura do líder messiânico e dos puros, a fim de garantir a unanimidade ao redor da “vontade geral” encarnada neles.

Ora, segundo pensava o maluco filósofo de Genebra na obra citada, o poder total a ser exercido pelo líder e seus seguidores consiste na unanimidade de todos ao redor deles para garantir a felicidade do gênero humano. Qualquer dissidência deve ser aniquilada como atentado contra a felicidade geral. A infelicidade infiltra-se na sociedade em decorrência da existência dos indivíduos e dos seus interesses privados. Devem ser esmagados, portanto, todos aqueles que não se curvarem ao “interesse público”, entendido como a imposição da “vontade geral”, da qual são garantia e manifestação soteriológica, na História, o líder messiânico e os seus seguidores imediatos, os “puros”. O ideal da nova ordem política foi bem definido por Lenin, em O Estado e a Revolução, como “um poder não limitado por leis”.

O espírito totalitário perversamente apregoado por Rousseau passou, na modernidade, a encarnar nas lideranças revolucionárias radicais, que tingiram de sangue a História desde os jacobinos na Revolução Francesa e no Terror por eles imposto, no final do século 18, passando pelo império napoleônico (entre 1804 e 1814) e seguindo, já nos séculos 20 e 21, com a Revolução Bolchevique, na Rússia, em 1917, e a emergência dos totalitarismos. Em todos eles o fantasma do “poder total” assoma, até na mais recente manifestação de chantagem nuclear do tresloucado líder norte-coreano, Kim Jong-un.

Essa saga do totalitarismo já se tinha manifestado em Fidel Castro e na sua ditadura familiar, no Che Guevara, com o seu dístico “Pátria (totalitária) ou morte”, na louca aventura nazi-fascista, com o endeusamento da minoria ariana ao redor do Führer, ou com Mussolini apregoando o princípio do “poder total” na célebre proposta de “tudo dentro do Estado, nada fora dele”.

Não nos enganemos: se Lula representa alguma tradição política, ela se filia a essa herança do totalitarismo hodierno. Não é por outra razão que, para ele e seus cansativos militantes, só há uma alternativa para salvar o Brasil: Lula e o PT.

Como a tradição totalitária se encarna com as cores de cada cultura, no Brasil Lula e os seus sequazes adotaram uma máscara: a cara de pau do “herói sem nenhum caráter”, Macunaíma, genialmente descrito por Mário de Andrade no seu clássico de 1928. Vamos convir: não é de cara de pau a feição do líder messiânico quando aparece na televisão, ou em palanque, afirmando para a enojada audiência que não há vivalma mais ética do que ele? Os petralhas especializaram-se em fazer da corrupção método de ação política e em esfregar no rosto dos perplexos cidadãos tungados por eles na roubalheira geral as “façanhas” praticadas.

Não são, aliás, de cara de pau as feições do comando petralha que “visitou” o desembargador Thompson Flores recentemente em Porto Alegre, como se ele e o tribunal por ele presidido fossem os meliantes, e não eles próprios? Os seguidores de Lula entenderam bem a lição da tragicomédia montada pelo líder: aparecer em público com ar contrito e na maior cara de pau, para dizer o seguinte: “Corruptos são vocês, otários, que votaram em nós e ficaram na rua da amargura juntamente com os 14 milhões de desempregados! Nós somos os puros, os retos, os que devem prevalecer no comando do Estado. Fora de nós não há salvação”. É mesmo muita cara de pau!

A sociedade brasileira tem um caminho para tirar esse lixo da História e impedir que os petralhas assumam, de novo, o poder no Brasil, a fim de destruírem o que ficou das nossas já combalidas instituições republicanas: repetir, em alto e bom som, que sabemos de quem se trata, conhecemos os malfeitos por eles praticados, que hoje já se situam na casa dos bilhões de dólares roubados e ainda estão intactos em paraísos fiscais.

Devemos repetir até o cansaço que acreditamos nas instituições, que a Justiça fará o seu trabalho até o fim, para pôr atrás das grades todos os que se aproveitaram da passagem pelo poder para enriquecer ilicitamente. E devemos repetir, na cara de Lula e dos seus sequazes, que já identificamos onde se inspira a sua retórica vazia: na tradição totalitária que deixou espalhados pelo mundo afora milhões de vítimas.

Publicado no Estadão do dia 17/01/2017 – Autor: Ricardo Vélez Rodríguez.

Coordenador do Centro de Pesquisas Estratégicas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, é docente da Universidade Positivo, em Londrina

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Finalizando

Você pode dizer que sou um sonhador

Mas eu não sou o único

Eu espero que algum dia você junte-se a nós

E o mundo viverá como um só

John Lennon – foi um cantor e um ativista inglês, co-fundador dos Beatles

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Chega de Corruptos e Corruptores

Se liga São Paulo

Acorda Brasil

SP-20/01/2018

Confira abaixo o programa “COLUNA DO FIORI”, desta semana, que foi ao ar pela rádio Rock n’ Gol e pelo YouTube:

*A coluna é também publicada na pagina Facebook:  “No intervalo do Esporte”

*Não serão liberados comentários na Coluna do Fiori devido a ataques gratuitos e pessoais de gente que se sente incomodada com as verdades colocadas pelo colunista, e sequer possuem coragem de se identificar, embora saibamos bem a quais grupos representam.

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