O assunto mais comentado após a bilionária aquisição da FOX pela Disney era a possibilidade da expansão, que evidentemente ocorrerá, do Universo Marvel no cinema, deleite para quem, como este jornalista, acompanha com enorme interesse filmes e séries sobre o assunto.
Mas o monopólio se dará também, e não é menos importante, nos canais esportivos da tv fechada.
A Disney, que já era dona da ESPN, com a FOX transforma-se-á na mais relevante provedora de conteúdo esportivo do planeta, tendo, claro, o mercado norte-americano e todo o continente sul-americano como principal ativo.
Na Europa, avança com grande voracidade, embora divida espaço com a cultura das governamentais (BBC, RAI, etc) que mantém consigo o que interessa mais ao torcedor local, ou seja, os campeonatos de seus próprios países.
É no mercado brasileiro, porém, que apesar de estar em continente americano, difere em costumes de todos os outros países da região, que a briga promete se acirrar.
Se na tv aberta não há, ainda, o que se falar em concorrência (a Globo domina absoluta), na fechada, a SPORTV (canal da emissora) mantém-se na ponta com pouca vantagem, muito por conta do monopólio que lhe assegura não apenas bons torneios a serem transmitidos ao vivo, como também posição de destaque nos espaços das operadoras de cabo (as principais, dominadas pela “nave Mãe”).
Nas demais atrações (mesas redondas, etc), a vantagem se perde e a SPORTV disputa, cabeça a cabeça, com ESPN e FOX (agora ambas da Disney) e um pouco com a Esporte Interativo.
O mercado e os consumidores aguardam pelo que ocorrerá nos próximos anos por conta de dois fatores: dificuldades que deverão ser enfrentadas pela GLOBO na aquisição dos direitos dos principais torneios do planeta, que hoje, sabe-se, eram movidas a base de propinas (garantindo êxito mesmo com propostas menos rentáveis á clubes e confederações) e a certeza de que os adversários da emissora terão na Disney – se esta tiver interesse em investir, um caixa bem mais robusto do que o da concorrente carioca.