Ontem, de tudo o que o agente de propinas J.Hawilla revelou à corte americana em seu testemunho, o mais relevante foi o pagamento de propina a Ricardo Teixeira para assegurar a convocação de determinados jogadores, tratados como “titulares” da Seleção Brasileira.
Traduz-se, evidentemente, para “mais famosos” ou aceitos pela mídia e patrocinadores.
US$ 10 milhões no bolso do dirigente teriam garantido a manipulação.
Não é a primeira vez que esse tipo de acusação vem à tona: na primeira CPI CBF/NIKE, revelou-se clausulas no contrato com a fornecedora de materiais esportivos com exigência de, ao menos, “oito titulares” em convocações da Seleção Brasileira.
Vários foram os treinadores no período em que Teixeira comandou a “Casa Bandida”: Sebastião Lazaroni, Falcão, Parreira, Zagallo, V(W)Anderlei(y) Luxemburgo, Leão, Felipão, Dunga e Mano Menezes, alguns com perfis maleáveis, outros conhecidos pela seriedade.
Todos colocados sob suspeita diante desta delação.
Seria interessante, talvez, que viessem a público para dar suas versões sobre os fatos.
A cereja do bolo de Hawilla ainda está por vir, e deve revelar a origem dos pagamentos indevidos com objetivo de conquistar direitos de transmissão dos principais campeonatos do planeta.