Durante debate na Comissão de Esportes da Câmara, em que os deputados federais fizeram de tudo para minimizar as punições aos dirigentes esportivos que assaltam os cofres de clubes, federações e confederações, o ex-presidente do Corinthians, Andres Sanches (PT), revelou:

“civilmente e criminalmente, está aqui uma pessoa presente – agora dizem que eu tenho imunidade parlamentar… não sei como acontece, né?  – mas eu fui indiciado criminalmente, civilmente, por deixar de pagar imposto”

Sanches, de fato, responde a diversas ações, por sonegação fiscal, no STF, tanto no âmbito particular (por conta de suas empresas de “fachada”), como no exercício do poder no Corinthians.

O cartola continuou:

“nós temos que tomar cuidado porque eles estão querendo por muita coisa (punições) em cima dos dirigentes de futebol, e daqui há pouco ninguém quer ser dirigente de futebol… ninguém vai querer assumir clube nenhum…”

Discurso que destoa da realidade, em que o ex-mandatário alvinegro faz campanha, justamente, para retornar à presidência do Corinthians.

Por fim, amparado na sensação de impunidade, Andres Sanches desafiou a Justiça a puni-lo:

“a maior punição que um dirigente pode ter neste país é não ser campeão ou cair de divisão por ele ter feito uma má administração… ele ficar preso em casa… não é me prendendo, tomando meus bens… que ninguém vai tomar… mesmo que eu erre… mesmo que eu faça errado, ninguém vai tomar ! Vai levar 45 anos e eu vou estar morto !”

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