Osmar Basílio

Não é de hoje que o leitor do Blog do Paulinho tem acesso a diversos episódios de promiscuidade entre a direção do Corinthians e Osmar Basílio, presidente do CORI, órgão responsável pela fiscalização destes dirigentes.

Há mais de dez anos, desde a gestão Andres Sanches, o dono da Faculdade Drummond, (mandatário do CORI) e doutras instituições de ensino, faz delas moeda de troca para atingir objetivos políticos e comerciais no Parque São Jorge.

Até inserir o vice-presidente André Negão, num dos cursos de suas instituições, mesmo sem este comprovar o término do segundo grau (a justiça eleitoral quase travou-lhe a candidatura por conta desta informação), Basílio fez, sem porém ter a coragem de conceder-lhe o diploma, que poderia levá-lo a dissabores jurídicos relevantes.

Depois, por força do cargo no alvinegro, absolutamente comprometido, se vê julgando seus colaboradores, com previsível resultado final.

Ontem tivemos mais um destes episódios no Parque São Jorge, transformado em “campus” das escolas e faculdades de Basílio, com barracas escandalosamente operando no passeio do clube, cooptando novos alunos.

Não há sequer, como nunca houve, comprovação de que o dirigente pague pela propaganda dentro do Corinthians, e, mesmo que houvesse, o procedimento seria irregular, segundo estatuto alvinegro que impede qualquer tipo de relação comercial entre conselheiros e o Timão.

A indecência, evidente, amplia-se por conta das funções de um presidente do CORI, obrigado a defender justamente o estatuto.

Triste retrato de uma administração que, para se manter no poder, transformou o Corinthians numa espécie de “feira do rolo”, em que há desde grandes negócios para seletos da gestão, até mercantilismo barato, responsável pelo sustento daqueles que não possuem currículo, nem ficha criminal, adequados para conseguir emprego fora do clube.

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