Pelé recebeu 50 crianças carentes, de 5 a 14 anos, na embaixada brasileira Foto: COB Divulgacao

Segundo investigações francesas e brasileiras, foi em julho de 2009 que o Rei do COB, Carlos Arthur Nuzman viajou à Nigéria para intermediar propina de US$ 2 milhões, oriunda do sistema criminoso do ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, para Lamine Diack, então membro do COI, com objetivo de surrupiar-lhe o voto favorável às Olimpíadas em terra tupiniquim.

Evidentemente, não se trata do único voto comprado.

Nuzman não estava só.

Para desviar o foco de suas peripécias africanas, levou consigo à Nigéria uma delegação inteira de “bobos da corte”, gente que, sob pretexto de integração com os povos, certamente objetivava faturar, seja em imagem ou financeiramente, ao ligar-se ao evento.

Entre os quais: Pelé, Robson Caetano, Orlando Silva (ex-ministro do esporte) e Ruy Cezar (ex-secretário municipal do Rio de Janeiro).

Enquanto estes divertiam os nigerianos, Nuzman aproveitava para “propinar”.

Alguns dirão: “Ah! mas alguns deles tinham boas intenções… não participavam do esquema”.

Esclarecidos que são, no caso de Pelé e Robson Caetano, não dos evidentemente safos Orlando e Ruy (seria até possível que estes soubessem da operação), servir de escada, seja lá por quais motivações, mesmo as mais nobres, a um dirigente mal-afamado como Nuzman, que já havia sido desmascarado como mal-feitor do esporte em diversas incursões jornalísticas, evidencia, se não o dolo, certamente a culpa por ter “passado o pano” para a imoralidade.

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