Recentemente, o Corinthians revelou, em balancete, que a dívida do clube aproximou-se dos R$ 450 milhões, sem contar os quase R$ 2 bilhões do estádio, que fazem parte, mas não deveriam, de contabilidade separada.

Ontem, levantamento do Globo Esporte mostrou que a situação é ainda pior.

O clube de Parque São Jorge possui R$ 211,3 milhões em dívidas trabalhistas, distribuidos em impressionantes 149 processos, que foram ocultadas de registro aos conselheiros, embutidas no item “refinanciamento do PROFUT”, boa parte dela por inadimplência aos impostos federais.

Este procedimento, de calotear as obrigações fiscais, levou, recentemente, quatro dirigentes alvinegros a três indiciamentos criminais no STF: Andres Sanches, André Negão, Raul Corrêa da Silva e Roberto Andrade.

Aliado a praticas incorretas da gestão alvinegra desde a presidência de Andres Sanches, quando foi acusado de fechar os olhos para suposto esquema de “Caixa 2” nas mensalidades de associados alvinegros, com ajuda da então recém contratada empresa OMNI, o diretor jurídico Luis Bussab justificou:

“Não sei o número exato, mas existe uma demanda grande trabalhista em todos os clubes. No Corinthians não é diferente.”

“A gente procura solucionar quando é possível, um acordo, quando há possibilidade.”

O Corinthians é o quinto colocado, no Brasil, entre dezenas de clubes relevantes, no número de processo trabalhistas desde a gestão Andres Sanches, superando o período Alberto Dualib, em que sequer figurava entre os dez primeiros.

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