Por MAX ANSELMO DE CARVALHO

Referente as noticias postadas sobre o aumento das “Dividas” do Sport Club Corinthians fiz uma análise nas Informações contábeis divulgadas no site da entidade e segue minhas ponderações:

O Endividamento apresentado nas Demonstrações Financeiras é um indicador contábil financeiro que tem como finalidade mostrar se a entidade é financiada por capital de terceiros ou financia a terceiros.

Endividamento não deve ser entendido como dívida, pois o endividamento é a subtração dos Ativos Circulantes e Não Circulante aos Passivos Circulantes e Não Circulantes.

Nesse índice o Sport Club Corinthians Paulista não inclui o ativo Imobilizado e Intangível.

A dívida do clube de acordo com as informações publicadas no site da entidade apresenta queda de R$ 34.094 milhões, 64,8% em relação a Dezembro de 2016.

As Obrigações da Entidade em relação a terceiros apresentaram queda de R$ 80.679 milhões 4,4% em relação a Dezembro de 2016.

O Endividamento R$ 472.348 milhões apresenta um aumento de R$ 46.473 milhões, 10,9% em relação a Dezembro de 2016 R$425.875 milhões. A entidade Sport Club Corinthians Paulista em suas operações de acordo com esse índice é financiada por operações com terceiros.

Vale ressaltar que o principal impacto para esse aumento e a diminuição do saldos do Contas a Receber em R$ 139.376 milhões tendo como contrapartida as diminuições dos saldos de Empréstimos e Financiamentos, Receitas a Realizar e as provisões para contingências.

(a) O saldo de Empréstimos e Financiamentos apresenta em Junho de 2017 o montante de R$18.553 milhões, queda de R$34 milhões em relação a Dezembro de 2016.

(b) O Financiamento relacionado ao PROFUT apresenta R$ 209.988 milhões em junho de 2017, aumento de R$ 7.742 milhões  em relação a Dezembro de 2016.

(c) O saldo de fornecedores apresenta um aumento de R$ 7.272 milhões em relação a Dezembro de 2016.

(d) Aumento de R$ 16.066, 37,6%, em Direitos de Imagem a Pagar, em relação a Dezembro de 2016.

(e) Diminuição de R$ 10.336 milhões em Provisões para Contingências em relação a Dezembro de 2016

O questionamento que deve ser feito ao Diretor Financeiro e ao Conselho Fiscal:

(i) Quais as contingências que tiveram reversão em suas provisões, Cíveis, Trabalhistas ou Tributárias?

(ii) Qual o suporte utilizado para essas reversões?

(f) As Obrigações tributárias apresentam aumento de R$ 11.755 milhões em relação a Dezembro de 2016.

O questionamento que deve ser feito ao Diretor Financeiro e ao Conselho Fiscal:

(iii) Quais os tributos correspondentes a esse aumento?

(g) As antecipações de receitas apresentaram R$ 79.113 milhões de reconhecimento no resultado. Quais são os contratos que receberam antecipação?

(h) As Obrigações (Passivo Circulante e Passivo Não Circulante) apresentaram uma diminuição de R$ 80.679 milhões em relação a Dezembro de 2016, devido ao impacto do reconhecimento das receitas antecipadas, diminuição de Empréstimos e Financiamentos com contrapartida no aumento do PROFUT, Fornecedores e Direitos de Imagens a Pagar.

(i) Principal responsável pelo aumento do índice de Endividamento, o Contas a Receber apresentou queda de R$139.376 milhões em relação a Dezembro de 2016.

(iv) Qual o motivo da diminuição do saldo do Contas a Receber?, Deve-se a falta de patrocínio Master e pela quebra de contrato dos demais patrocinadores?

Eu como membro do Grupo inteligência Corinthiana me sinto na responsabilidade de informar o associado e ao torcedor Corinthiano o que é correto. Acredito que o Diretor Financeiro juntamente com a administração do clube deveriam mostrar a realidade e defender a instituição sobre as informações indevidas.

Endividamento é diferente de Dívida.

MAX ANSELMO DE CARVALHO é contador e sócio do Corinthians nº 310.145

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