Paulo Skaf, presidente da FIESP e provável candidato ao Governo de São Paulo pelo PMDB, estaria utilizando-se de complicado empresário italiano para esconder gastos e recebimentos de negócios diversos (alguns no mercado de construções), em transações realizadas no mundo do futebol.

O italiano trata-se de Fabrizio Bevilacqua, que, desde 30 de novembro de 2015, assina como proprietário da empresa “Netcorp Business Sports e Participações Ltda”, ao lado de “NC Holding Empreendimentos e Participações” (que revela capital social de R$ 15,5 milhões e tem como controladoras duas empresas em Roma/ITA), ambas localizadas na Alameda Ministro Rocha Azevedo nº 456.

Entre os atletas agenciados pela Netcorp estão:

  • Eduardo de Biasi (Cruzeiro);
  • Luan (Vasco da Gama);
  • Thailor (Juventus);
  • Marquinhos (Atlético/MG);
  • Lucas Peres (Corinthians);
  • Cesar Nascimento (Juventus);
  • Julio Vaz (Botafogo/SP);
  • Hygor Ribeiro (Deportivo Brasil);
  • Lucas Cardoso (Cabofriense)

Coincidentemente, no mesmo endereço, Paulo Skaf, seu filho, Gabriel Skaf e Bevilacqua, mantém sociedade na “BR MAR Desenvolvimento Empresarial Ltda”, uma “Holding” de consultoria e negócios imobiliários.

Skaf oculta-se no contrato social por intermédio da “Solution Desenvolvimento Empresarial Ltda”, no qual consta como proprietário ao lado do filho Gabriel, aberta em 01 de abril de 2015, meses antes da empresa de negociação de atletas se instalar, oficialmente, no local.

Fontes garantem que boa parte dos recursos de Skaf seriam administrados por Bevilacqua, que, recentemente, firmou parceria com o Avaí, conhecida “barriga de aluguel” de empresários suspeitos, entre os quais o traficante Ângelo Canuto, o “Padrinho”, preso, pela Polícia Federal, por tráfico internacional de entorpecentes.

Na Itália, a fama de Bevilacqua também não é da melhores, acusado de beneficiar grupos empresariais que tentam ocultar recursos em transações de futebol.

Gabriel Skaf apareceu, recentemente, listado na investigação denominada “Panamá Papers”, como ex-proprietário da “Sunrise Management Finance Ltd”, offshore sediada nas Ilhas Virgens Britânicas.

Tudo indica que além do “pato” da FIESP e do “impostômetro”, Paulo Skaf teria encontrado maneiras menos adequadas de se contrapor ao pagamento de impostos no Brasil.

Gabriel Skaf e Fabrizio Bevilacqua

NETCORP BUSINESS

BR MAR

SOLUTION DESENVOLVIMENTO

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