“Chupar a laranja e jogar o bagaço fora”, ditado popular que costuma exemplificar traidores ou atos de deslealdade, veio-me à cabeça após ler “desabafo” do presidente do São Paulo, o vulgo Leco, ao repórter Marcelo Hazan, do portal G1:

“Naturalmente, com três eliminações e essa situação, o técnico já teria ido embora. Esse é o natural. No caso dele, não se cogitou, em nenhum momento”

Leco revelou, também, que a multa contratual, que impede a saída do atleta, é de R$ 5 milhões, que somente deixaria de ser cobrada, segundo acordo, se a produção do time fosse inferior a 47%.

No ano que vem, cai para R$ 2,5 milhões.

Hoje o treinador Tricolor está na casa dos 50,9% (36 jogos, 14 vitórias, 13 empates e 9 derrotas).

A política do clube, de trocar meio time em meio à disputa do Brasileiro, pode levar o São Paulo ao vexame histórico do rebaixamento, que será jogado às costas, em parte, com mais culpa do que mereceria, do novato técnico são-paulino.

Fica evidente, para quem se propõe a enxergar, o objetivo da entrevista: pressionar o Mito junto aos torcedores, indicando que a solução de demiti-lo já teria sido tomada, não fosse a história de vida de Ceni no clube e a multa a ser cobrada.

Covardia de quem, em eleição apertada, aproveitou-se do ídolo Tricolor, alçando-o, irresponsavelmente, ao cargo de treinador, pouco se importando com a enorme probabilidade de prejudicar o clube, esportivamente, e a própria imagem de Rogério, garantindo, apenas, mais uns anos de poder a quem infelicita o Tricolor há algum tempo.

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