Marcelo Campos Pinto (Globo), Andres Sanches e Ricardo Teixeira

À medida que avançam as tratativas de delações premiadas de ex-presidentes da CBF, no caso José Maria Marin e Ricardo Teixeira, além do que já deve ter sido explicitado, mas ainda permanece sob sigilo, em depoimento de J. Hawilla, a diretoria da Rede Globo prepara-se para o pior.

A emissora é a única compradora dos direitos de um campeonato, a Copa do Brasil, em que, já se sabe, existiu pagamento de propina a intermediários, divididas, posteriormente, com os citados cartolas.

Há quem diga que a saída da Globo, em sendo delatada como corruptora, será a de jogar a culpa pelos maus feitos nas costas do ex-diretor Marcelo Campos Pinto, responsável pela aproximação da emissora com o submundo do esporte.

Difícil será explicar que valores vultuosos saíram do caixa global, à margem do que previa o contrato oficial (registrado em cartório) sem anuência doutros dirigentes, que, convenhamos, não se tratam propriamente de inocentes.

E também porque a quantia foi paga em destinos e países diferentes, em se tratando, todos, de negociadores nacionais.

O pior quadro ainda para a emissora, além da delação dos dirigentes da CBF, seria a provável prisão de Campos Pinto, conhecedor profundo de nuances que provavelmente serviriam de base para exitosa novela do horário das 23h (o mais apimentado).

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