Ontem, o vice-presidente do Corinthians, André Negão, em meio à turbulenta fase investigatória da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, encontrou ânimo para festejar seu aniversário, numa recepção simples, que parecia ter sido realizada em seu nada humilde apartamento, no Tatuapé, comprado durante o período de obras do estádio de Itaquera (Negão, após a publicação, entrou em contato e disse não ter sido lá)*.

Como de praxe, quando a fase não é boa e a boca-livre limitada, apenas familiares e alguns poucos dirigentes do clube compareceram.

Bem poucos.

Nem todos amigos, como é o caso de diretor financeiro Emerson Piovesan e do secretário da Presidência, Antonio Rachid, ambos representando o dono da Kalunga, Paulo Garcia, a quem são submissos.

Rachid, inclusive, é funcionário da Kalunga.

Comenta-se no Corinthians que se Andres Sanches, o mais provável candidato à presidência do Corinthians pelo atual grupo de situação, for preso numa das três ou quatro ações criminais a que responde, antes das eleições, Paulo Garcia ou Negão (financiado pelo dinheiro do empresário – que já bancou ambos em pleitos nacionais), apoiados pelo deputado, serão os representantes do grupo na disputa contra Roque Citadini, o adversário oposicionista.

Se as árvores do Parque São Jorge pudessem contar o que escutaram sobre Negão da boca dessas personalidades… o constrangimento só não seria maior do que a falta de vergonha reinante no local.

Estava lá também o sempre simpático Wagninho, ligado ao ex-jogador Neto, agora comentarista da BAND (de vermelho, aguachado numa das fotos).

Todos, sem exceção, cientes do que André Negão aprontou dentro e fora do clube, das graves acusações que lhe são impostas pela polícia federal (de roubar o Corinthians recebendo propina da Odebrecht) e, principalmente, da falta de origem do dinheiro que custeou o imóvel que os próprios, tempos atrás, maldiziam.

Em tempo (correção): André Negão entrou em contato para dizer que o local não se tratava de seu apartamento… respondi: “André… o local do encontro é o que menos importa…”. De qualquer maneira, está feita a correção.

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