Andres Sanches, Nilza Fiuza (chefe gabinete Dilma Rousseff em SP) e Edinho Silva

“Como a gente procedia? O Edinho trazia as demandas, eu pegava as demandas… Dinheiro de propina… Os bilhetes estão aqui… Tem que depositar tanto no PT nacional, tanto na Dilma presidente, tanto no PT dos estados…Todas doações dissimuladas. O que estou falando aqui é que o dinheiro da campanha, nenhum é dinheiro limpo.”

(JOESLEY BATISTA, dono da JBS, em delação premiada ao MPF)


O deputado federal Andres Sanches (PT) recebeu R$ 550 mil em doações de campanha oriundos, segundo o proprietário da JBS, de propina paga pela empresa aos políticos do partido.

A quantia, conforme descrito por Joesley Batista, era paga endinheiro aos diretórios do PT e depois distribuídas aos receptores finais.

Era função de Edinho Silva, à época tesoureiro de campanha de Dilma Rousseff, hoje Prefeito de Araraquara, escolher o destino dos pagamentos indevidos, mas formalizados para dar ar de legalidade à operação.

Vale lembrar que Silva, conforme revelou o Blog do Paulinho, no mesmo período, ajudou a movimentar dinheiro de Andres Sanches em gráficas que hoje, sabe-se, tratavam-se de empresas de fachada, em operação investigada pela Operação Lava-Jato da Polícia Federal como “lavagem de dinheiro”.

Despesas de campanha de Andres Sanches são desviadas para empresas fantasmas do PT e a uma “laranja” de 19 anos

Foram cinco depósitos, segundo prestação de campanha oficial do ex-presidente do Corinthians, protocolada no TSE:

  • R$ 100 mil em 19/09/2014, pagos pelo cheque nº 850107, do Diretório Estadual Distrital, com a anotação “JBS S/A”;
  • R$ 100 mil em 25/09/2014, pagos pelo cheque nº 851541, do Comitê Financeiro Único, com a anotação “JBS S/A”;
  • R$ 100 mil em 30/09/2014, pagos pelo cheque nº 851619, do Comitê Financeiro Único, com anotação “JBS S/A”;
  • R$ 100 mil em 01/10/2014, pagos pelo cheque nº 852022, do Comitê Financeiro Único, com anotação “JBS S/A”;
  • R$ 150 mil em 16/10/2014, pagos pelo cheque nº 854989, do Comitê Financeiro Único, com anotação “JBS S/A”.

Somente o empresário Paulo Garcia, dono da Kalunga, com R$ 635 mil, doou à campanha de Andres Sanches, oficialmente, mais do que a JBS, e, em contrapartida, além de favorecer os negócios do irmão, Fernando Garcia, agente de jogadores no Parque São Jorge, em sequencia indicou três dirigentes ao clube: Flavio Adauto (futebol), Antonio Rachid (secretaria da Presidência) e Emerson Piovesan (financeiro).

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