Mito como jogador de futebol, Rogério Ceni, ainda em início de carreira, está longe de ser tratado como divindade no ofício de treinador do São Paulo.

Aliás, bem pelo contrário.

Acentua-se, cada vez mais, a insatisfação de seus comandados com algumas de suas atitudes, muitas delas semelhantes aos procedimentos de quando ostentava a camisa “01” do Tricolor, mas que eram minimizadas por conta de sua quase “intocabilidade” no elenco.

Ceni, por vezes, demonstra limitações para gerir um grupo de atletas com diversidade de pensamentos e culturais, e, por mais que pareça entender, de fato, da teoria do futebol, aplicá-la, a contento, trata-se doutro desafio a ser conquistado.

Jogadores tem reclamado, também, que nas entrevistas o treinador sempre se isenta dos equívocos, mas, por vezes, sutilmente, deixa a entender que possui problemas de qualidade no elenco (o que é verdade, mas não pega bem quando exposto à mídia pelo comandante).

Por fim, existe também a insatisfação de conselheiros, entre os quais os que formam o novo grupo de administração, pelo fato do diretor Vinicius Pinotti, que inventou colocar Ceni no comando técnico da equipe principal, queimando etapas da profissão, seja agora, em vez de comandante, quase funcionário do Mito tricolor, atendendo solicitações das quais concorda e até as que discorda, razão pela qual é também blindado pelo ex-goleiro.

Por conta disso, Rogério não tem quem lhe cobre pelos equívocos, e passa, como já é público e notório, a defendê-los, talvez até por acreditar que não o sejam, dificultando, em consequência, a resolução de problemas e melhor redirecionamento de um trabalho que, claramente, não vem dando os resultados esperados.

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