fiori - dicunto

FUTEBOL: POLÍTICA, ARBITRAGEM E VERDADE

Fiori é ex-árbitro da Federação Paulista de Futebol, investigador de Polícia e autor do Livro “A República do Apito” onde relata a verdade sobre os bastidores do futebol paulista e nacional.

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apito limpo

“Existe no mundo apenas um ser mentiroso: o homem. Todos os outros seres são verdadeiros e sinceros, pois mostram-se abertamente como são e manifestam o que sentem”

Arthur Schopenhauer – foi um filósofo alemão

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Bola cantada

O selecionamento, seguido do “sorteamento” do boto de apito Leandro Bizzio Marinho, por mim apelidado “WhatsApp”, para arbitrar a contenda Corinthians x Ponte Preta referente à final da Série A1 do Paulistão 2017, foi prognosticado

Parcial

Sem medo de errar, afianço ter sido injusto o esquecimento proporcionando por Domingos Roberto Domingues, mandão dos componentes da CA-FPF, aos árbitros que Marcelo Aparecido de Souza e Vinicius Gonçalves Dias, vez que, de costas para o campo de jogo, arbitram muito e melhor

Lava Jato

Por estas e outras desde muito, brado, propondo que a parte decente e independente dos componentes da Magistratura, do MP e Policia Federal, para que principiem investigação nas administrações da CBF, federações, clubes e entidades representativas, em especial, nas entidades representativas dos árbitros de futebol

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Primeira das duas contendas que definirão o Campeão da Série A1 do Paulistão 2017

Domingo 30/04

Ponte Preta 0 x 3 Corinthians

Árbitro: Raphael Claus

Assistente 01: Alex Ang Ribeiro

Assistente 02: Luiz Alberto Andrini Nogueira

Item Técnico

O primeiro gol corintiano ocorreu após Rafael Claus ter sinalizado falta inexistente no goleiro Cássio; na sequencia, Cássio cobrou forte, mandando arredonda pro consorte Romero perto da entrada da área adversaria, dai em diante ocorreram dois lances, Jô aproveitou e mandou pro fundo da rede

Item Disciplinar

O boto-branco viu, no entanto, se fez de migué e não expulsou o atacante Pottker da equipe campineira, quando do soco dado no oponente Gabriel

Adequado

Os três cartões amarelos: Um para defensor da equipe da casa e dois para corintianos

Concluo

Os defensores da Ponte Preta não quiseram coisa nenhuma com a disputa, este comportar facilitou o trabalho do principal representante das leis do jogo

Semifinais da Série A2 do Paulistão 2017

Terça Feira 02/05

Agua Santa 1 x 0 Bragantino – resultado correspondente ao tempo norma. Na disputa por penalidades máximas a equipe de Bragança Paulista venceu por 5 x 3, com este placar garantiu uma das vagas para disputar a Série A1 do próximo ano

Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira

Assistente 01: Daniel Paulo Ziolli

Assistente 02: Evandro de Melo Lima

Quarto Árbitro: Roberto Pinelli

Ocorrência

Por volta dos 07 minutos da segunda etapa Luiz Flavio de Oliveira acompanhava lance de ataque ocorrido do lado esquerdo da equipe visitante, assim que adentrou na área a redonda foi cruzada, ele iniciou movimento para girar o corpo, no meio deste giro seu pé ficou preso em uma buraco, causando contusão. De imediato, foi atendido, colocado na ambulância, dai para hospital e substituído por Roberto Pinelli, até então no desempenho de quarto árbitro

Item Técnico/Disciplinar

Durante o tempo que desenvolveu sua função, Luiz Flavio de Oliveira se fez presente técnica e disciplinarmente. Ligados, ofereceram ao suplente o alivio para levar a refrega até o final, sequencialmente, na disputa das penalidades máximas

Observação

Via TV no ato, senti que houve gravidade; a posterior, conforme noticiários, leve contusão, ainda assim, Luiz Flavio de Oliveira a quem ensejo primíssima recuperação, ficara afastado dos campos por algum tempo

Regozijo

No ato da contusão do árbitro Luiz Flavio de Oliveira; lembrei-me do possível alegrar de um dos possíveis selecionados, por mim alcunhado “WhatsApp”, para arbitrar a partida final entre Corinthians x Ponte Preta pela Série A1 no domingo 07/05/2017

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Politica

A suprema emboscada

Posto a nu, é grande demais o escândalo de corrupção para três juízes se livrarem dele

Não gosto de escrever sobre Gilmar Mendes. Acho-o uma figura antipática e apreensões subjetivas costumam ser um risco ao equilíbrio e ao senso elementar de justiça.

Critiquei Mendes quando foi ao Congresso defender a urgência da lei de abuso de autoridade, aliando-se momentaneamente a Renan Calheiros. Não só pela posição que defendeu, mas pela forma de argumentar. Gilmar afirmou que operações como a Lava Jato acontecem todos os anos. O correto seria dizer que foi a mais importante das últimas décadas.

Subestimar a Operação Lavo Jato ou mesmo opor-se a ela faz parte do jogo democrático. No entanto, ele deu um passo adiante quando afirmou que o vazamento poderia anular a delação da Odebrecht. Nessa conclusão, nem seus defensores se alinharam com ele. A própria ministra Cármen Lúcia afirmou que as delações não seriam anuladas. Uma decisão desse tipo teria repercussão continental. Muitas acusações contra os políticos em vários países seriam contestadas se o Brasil anulasse um documento de importância histórica.

Gilmar perdeu nessa. Mas havia outro caminho: questionar a duração das prisões preventivas da Lava Jato. O Supremo, segundo ele, teria um encontro marcado com essas prisões alongadas.

Gilmar, individualmente, libertou Eike Batista e seu sócio, Flávio Godinho. Ele argumenta, com razão, que existe grande número de presos provisórios no Brasil e quer reduzi-lo. É uma tese. No entanto, na prática, Gilmar resolve apenas o problema de um milionário e seu sócio, porque à sua mesa só chegam casos patrocinados por grandes bancas de advocacia.

Gilmar, ao conceder a liberdade a Eike, tomou o cuidado de determinar medidas cautelares. Isso pelo menos abre uma brecha para negociação.

Parece estranho usar esse verbo, mas Gilmar Mendes lidera a maioria na turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que trata da Lava Jato. Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli fecham com ele, porque, fiéis ao PT, são do gênero de magistrado bolivariano, que faz tudo o que seu governo quer.

A Lava Jato se encontra, portanto, diante de um grande obstáculo. Não creio que a libertação de presos seja decisiva para delações premiadas. Suponho que pessoas inocentes e adultas não confessam algo só porque estão presas. Na minha suposição, o fator decisivo nas delações premiadas é a soma de evidências que é posta na mesa, a certeza do preso de que vai ser condenado.

De qualquer maneira vai se dar o confronto entre as pessoas que apoiam a Lava Jato e a trinca de ministros que podem neutralizar a operação. Não tenho fórmulas para algo tão surpreendente, uma vez que são ministros poderosos e, como dizemos no esporte, casca grossa, no sentido de que suportam a pressão social.

Um foco de resistência ao STF são as próprias medidas cautelares. No caso de Eike Batista, suspeito de esconder sua fortuna, foi imposta a multa de R$ 52 milhões. Pelo que se entende, se Eike não pagar, voltará para a cadeia, o que me parece improvável. De qualquer forma, é claro que uma das razões de sua prisão é evitar que maneje o que restou de sua fortuna, parte dela formada com dinheiro oficial, isenção de impostos e, por intermédio de Cabral, expulsão, à força, de pequenos agricultores de São João da Barra.

O caminho será sempre o de demonstrar a necessidade da prisão. Gilmar, Toffoli e Lewandowski vão discordar. Mas a sucessão de conflitos entre as necessidades da investigação e o esforço do trio de ministros para liberar presos pode levar também ao Supremo a necessidade de ampliar a discussão, em alguns casos.

O importante ao longo do debate é contestar a ofensiva de Gilmar e seus dois colegas com fatos, demonstrações precisas de que as pessoas precisam continuar presas. É difícil ficar contra a tese de que prisioneiros devem ter um limite para sua prisão provisória. Mas é perfeitamente possível demonstrar, em cada caso, como a prisão ainda é necessária.

No julgamento em que o Superior Tribunal de Justiça (STF) negou por unanimidade a soltura de Sérgio Cabral, um dos motivos alegados tem grande peso: combater a sensação de impunidade. Um peso simbólico que vai estar presente no maior feito da trinca de juízes: libertar José Dirceu, acusado de continuar no crime, mesmo depois de condenado no processo do mensalão.

A principal mensagem da Lava Jato de que a lei vale para todos e que os poderosos serão punidos sofre um abalo. Na argumentação de Gilmar, a lei que rege as prisões provisórias está sendo cumprida. Mas o fato de que vale apenas para quem consegue chegar à sua mesa reafirma a tese de que a Justiça atua de forma diferenciada.

A trinca de juízes articulada para neutralizar a Operação Lava Jato deverá enfrentar uma série de reações que não posso prever aqui. Uma das mais eficazes seria apressar os julgamentos em segunda instância, o que levaria os já condenados de novo à prisão.

São fatores um pouco distantes de nossa capacidade de influência. Ainda assim, não há motive para pânico: a Lava Jato já conquistou muito e deixou sua marca na História moderna do continente. A ideia de que a lei vale para todos tem uma força própria e, de alguma forma, a sociedade transformará essa expectativa em realidade. É improvável que uma trinca de ministros consiga derrubá-la, liberando políticos e empresários corruptos, batendo de frente com a lógica de investigações, preocupadas em evitar a destruição de provas e encontrar o dinheiro roubado.

Sem dúvida, começa uma fase difícil para a Lava Jato e aqueles que a apoiam. Lutar contra uma forca instalada no coração do Supremo não é algo comum.

Mas também diria que concordo com a ideia de que a História, na maioria dos casos, não apresenta problemas sem solução. É apenas mais uma pedra no caminho. O maior escândalo de corrupção foi posto a nu. O corpo é muito grande para três juízes se livrarem dele.

Jornalista Fernando Gabeira – Publicado no Estadão do dia 05/05/2017

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Finalizando

“O juiz não é nomeado para fazer favores com a justiça, mas para julgar segundo as leis”

Platão – foi um filósofo grego da antiguidade, considerado um dos principais pensadores da história da filosofia

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Chega de Corruptos e Corruptores

De liga São Paulo

Acorda Brasil

SP-06/06/2017

Ouça abaixo os programas “COLUNA DO FIORI”, desta semana, que foram ao ar pela rádio Rock n’ Gol

*A coluna é também publicada na pagina Facebook:  “No intervalo do Esporte”

*Não serão liberados comentários na Coluna do Fiori devido a ataques gratuitos e pessoais de gente que se sente incomodada com as verdades colocadas pelo colunista, e sequer possuem coragem de se identificar, embora saibamos bem a quais grupos representam.

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