O presidente do Vasco da Gama, Eurico Miranda, proibiu a entrada da ESPN Brasil em São Januário após o jornalista Rafael Ribeiro, da emissora, criticar o excesso de comemoração do clube ao se classificar para as finais da Copa Rio.

Não deveria, por razões óbvias, mas está em seu direito.

Pior agiu a ESPN.

Se Eurico, no estilo dele, acredita estar defendendo a honra do Vasco da Gama, a emissora fez exatamente o contrário com seu profissional, expondo-o a constrangimento após dizer, publicamente e ao mandatário vascaíno, que tomaria providências sobre o assunto, insinuando “enquadramento’ do profissional ou até possível punição.

Uma imoralidade jornalística indigna da bela história traçada pela ESPN em anos anteriores.

Em nossa opinião, Rafael Ribeiro exagerou ao mensurar a alegria do clube, que tem o direito de comemorar, dentro dos limites do razoável, o que quer que seja, da maneira que julgar mais adequada, porém, deveria, como sempre ocorreu no canal, ter absoluta liberdade para fazê-lo.

Ainda assim, se a ESPN julgasse que houve excesso de seu profissional, deveria alertá-lo internamente, nunca utilizar-se do episódio para fazer política, pública, de boa vizinhança com dirigente de clube.

Rafael Ribeiro foi tratado de maneira desleal.

Triste episódio que marca negativamente uma emissora que, noutros tempos, seria incapaz de curvar-se, de maneira tão constrangedora, à cartolagem nacional.

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