Há algumas semanas escrevi aqui que Carlos Nuzman estava sumido. Escrevi, também, que a sua intenção em presidir a ODEPA é uma maneira de sair do centro das atenções do Brasil.

Após as prisões havidas na CBDA, Nuzman segue omisso e isso é inaceitável.

Nuzman é o dono do cofre dos recursos públicos oriundos da Lei Piva, repassados às Confederações. Cabe ao Comitê de Nuzman controlar com rigor as contas das Confederações. Nuzman sempre disse que os números de suas Confederações eram rígidamente conferidas. Essa afirmação do presidente do COB tem mostrado-se falsa.

Desde o fim dos Jogos Olímpicos, várias Confederações têm estado em palpos de aranha com o TCU, o MP e a Justiça. A CBDA é apenas mais uma.

Também não se pode olvidar do Sérgio Borges, da empresa SB, que segue preso e que, além de ter ocupado um relevante posto na CBV, passou a ser parceiro de negócios de diversas Confederações. Como se já não bastasse o fiasco que foi o legado olímpico brasileiro, estão vindo à tona desmandos financeiros em várias modalidades.

Carlos Arthur Nuzman segue impávido, como se nada estivesse ocorrendo de muito ruim no esporte nacional.

No caso de Coaracy Nunes, este sempre foi um dos mais próximos aliados de Carlos Nuzman na Assembleia Geral do COB. Fiz parte dessa Assembleia por cerca de doze anos e constatei, na prática, que Coaracy Nunes era da “tropa de choque” de Nuzman, junto com Roberto Gesta de Melo e Ary Graça. Eram os quatro muito unidos.

Ao silenciar diante de tantos escândalos, Nuzman faz como o avestruz, enfiando a cabeça no buraco enquanto finge não ver a derrocada moral do esporte olímpico do Brasil.

Nuzman tem que se pronunciar e anunciar medidas. A fuga para a ODEPA mostra que não tem estatura de estadista para liderar o movimento olímpico do Brasil.

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