Não bastasse as tristes notícias dos últimos dias, em que, para agradar o deputado federal Andres Sanches (PT), o presidente do Corinthians, Roberto “da Nova” Andrade loteou as categorias de base do clube para seus comandados: o conselheiro Jaça, que já foi preso acusado de bancar o Jogo de Bicho e seus subalternos, Nei Nujud e Nenê do Posto, surgem agora rumores que, se confirmados, demonstram bem o direcionamento futuro do setor.

Fala-se em reconduzir à gerência do amador o ex-jogador Marcelinho Paulista, que, em 2012, saiu corrido do Parque São Jorge em meio a diversas acusações.

Aliás, foi através de Marcelinho que o Corinthians iniciou estranha parceria com atletas do Avaí, agenciados por Ângelo Canuto, vulgo “Padrinho”, preso, recentemente, pela Polícia Federal acusado de enviar toneladas (não quilos) de cocaína ao exterior.

O ex-atleta é parceiro também de Fábio Barrozo (ambos estiveram juntos no Avaí), recém demitido do Timão sob acusações graves de desvios e aliciamentos de atletas.

Barrozo, aliás, não por acaso, foi “escondido” pelo deputado Andres Sanches no Tigres/RJ, comandado por um de seus “parceiros” parlamentares.

Houve também o caso envolvendo o capitão do Mundial de 2000, Rincon, contratado para treinar o sub-23 do Corinthians na gestão Andres Sanches, mas que, ao perceber o que ocorria nos bastidores, abandonou o cargo e detonou Marcelinho Paulista: “não gosto de coisa errada”, disse à época para justificar o afastamento.

Marcelinho era tão ousado que chegou a chamar em sua sala o então treinador da equipe Sub-15 do Corinthians, Sergio Odilon, para uma conversa, em que ordenou:

“Há um garoto da Nova Zelândia entrando no clube. O nome dele é Iman. É meu. Quero que você o coloque para treinar e, independentemente do desempenho, não o dispense. Qualquer coisa diga que está em período de testes…”

Há relatos de que a prática era corriqueira em diversos setores da base.

Os anos de “Renovação e Transparência”, prometidos por Roberto Andrade nas eleições, cada vez mais se parecem com os tempos sombrios em que as categorias de base eram desfrutadas por boa parte dos que agora estão no poder, antes comandados por Nesi Curi, mentor de todos eles, inclusive de Andres Sanches.

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