(trecho da coluna de JUCA KFOURI na FOLHA)
Pudor zero
É preciso chamar a Polícia Federal, o Ministério Público, o diabo a quatro porque, desgraçadamente, o torcedor ainda não se mobiliza pela causa e os clubes são covardes e desunidos.
Mas se a carne é fraca a CBF é podre e acaba de perpretar mais um crime lesa-futebol brasileiro ao driblar a nova legislação esportiva e dar peso três ao voto das 27 federações estaduais, as capitanias hereditárias que passam a ter 81 votos contra apenas 60 de 40 clubes.
Juntas, as federações do Amapá e do Distrito Federal, sem clube algum nas principais divisões, têm seis votos enquanto, somados, Flamengo e Corinthians, os dois mais populares clubes do país e ambos na Série A, têm quatro.
A federação do Piauí, sozinha, também sem representatividade alguma, tem o mesmo peso de Inter e Santa Cruz, da Série B: dois votos.
Tudo porque a Profut exige a participação dos clubes das duas principais séries nas eleições da Casa Bandida do Futebol.
A pornográfica cláusula de barreira foi mantida, o que inviabiliza a candidatura de alguém fora do bando.
Marco Polo não viaja, mas segue livre para desrespeitar um mínimo de decoro.
Polícia, socorro!