Jaça e Nenê do Posto

Na última semana, no âmbito do acordo firmado para impedir o impeachment do presidente Roberto Andrade, as categorias de base do Corinthians foram entregues ao poder do deputado federal Andres Sanches (PT).

Os nomes indicados para representá-lo foram: Nei Nujud (diretor) e Jaça (diretor adjunto).

Ontem, por ordem de Jaça (que é quem, de fato, dará as ordens – representando o parlamentar – no setor) outro diretor foi anexado ao “sistema”: Carlos Roberto Auricchio, vulgo “Nenê do Posto”.

Levando-se em consideração que o novo dirigente já havia ocupado cargo principal no futebol profissional nas gestões “Vicente Matheus” e “Andres Sanches”, tendo saído da última acusando a todos de corrupção, causa estranheza não apenas aceitar a indicação, mas também tornar-se subalterno (terceiro nome) numa diretoria de base.

O discurso de “Renovação e Transparência”, base da eleição de Roberto Andrade, diante do contexto, parece há muito ter sido deixado de lado.

Outra incongruência é o fato de Nenê do Posto ser atual membro do grupo político alvinegro denominado “Lava-Jato”, que carregou bandeiras e faixas pedindo o impeachment de Roberto Andrade, prega “tolerância zero” contra as imoralidades no Parque São Jorge e detonou, publicamente (pelas mídias sociais) a indicação de Jaça e Nujud para cuidar das revelações alvinegras.

Vale lembrar: Jaça tem o nome ligado à contravenção penal (Jogo de Bicho) enquanto Nujud é “famoso” em diversos ramos nebulosos, entre os quais os de confecção e os que remetem à “boca do lixo” nas negociações de automóveis.

Em mensagem enviada ao blog, quando esperava-se pela expulsão do novo dirigente, o grupo “Lava-Jato”, através de um de seus líderes, Roberto William Miguel, o libanês, capitulou:

“Eu, Roberto (William) como líder da “Lava-Jato”aceitei que o Nenê seja um diretor no Amador, para que ele seja um fiscal nosso, porque ele é uma pessoa que quer ajudar o Corinthians, como todos nós do grupo “Lava-Jato” queremos ajudar o Corinthians”.

“Esperar isso até o ano que vem (por conta das eleições 2018) é muito tempo, é muita sangria que pode prejudicar ainda mais o nosso amado clube Corinthians”

“Ele vai estar lá (na base) como sendo um fiscal nosso… caso ele veja irregularidades, imediatamente passaremos para toda a imprensa, e ele sairá de lá… a função dele é ajudar o Corinthians”

Confira abaixo, áudio (com a devida transcrição) de Nenê do Posto, logo após sua saída da diretoria do Corinthians, na gestão Andres Sanches, revelando os podres do grupo que agora aceitou “ajudar” novamente:

“Eu estava sendo uma pedra no sapato destes dois moços: o Antonio Carlos e o Mario (Gobbi)”

“O Andres (Sanches) dava uma de Lula… que não sabia de nada”

“Estou sabendo que ele (Andres) jantava duas, três vezes por semana com o Antonio Carlos e o Mario, mesmo porque o Antonio Carlos é como se fosse irmão dele”

“Problemas seríssimos lá com o futebol, né… a vaidade pessoal do Dr. Mario Gobbi foi assim uma coisa que cresceu assustadoramente nos últimos três meses”

“Tudo ele fazia por trás dos panos… contratações tudo às escondidas… quando a gente sabia o cara estava se apresentando…”

ABAIXO ÁUDIO DA MENSAGEM ENVIADA PELA “LAVA-JATO” EM DEFESA DE NENÊ DO POSTO

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